Yony González encara a marcação de Léo Moura no cruzamento para o gol 
de Nenê - Mailson Santana/Fluminense FC
Yony González encara a marcação de Léo Moura no cruzamento para o gol de NenêMailson Santana/Fluminense FC
Por ALYSSON CARDINALI

Enquanto procura um novo treinador para a vaga de Oswaldo de Oliveira, o Fluminense tenta encontrar o bom futebol no Campeonato Brasileiro. Ontem, sob o comando do interino Marcão, deu mostras de que isso é possível: na base da garra, com determinação que há muito não se via, venceu os reservas do Grêmio, por 2 a 1, gols de Nenê e Caio Henrique (Patrick descontou), no Maracanã, e se manteve fora da temida zona de rebaixamento — em 16º lugar, com 22 pontos.

O começo de jogo foi animador. Logo aos 6 minutos, Nenê aproveitou cruzamento de Yony González e mandou a bola no canto esquerdo de Julio Cesar. A vantagem no placar, porém, não impediu vacilos da retaguarda tricolor, que foi a campo sem os suspensos Digão e Frazan, e com Yuri improvisado na zaga. Aos 8, Ganso errou passe na entrada da área e Thaciano só não empatou porque Muriel fez bela defesa.

O susto não abalou o Fluminense. Jogando à la Fernando Diniz, com a volta de Daniel ao meio de campo, o time adotou a saída de bola pelo chão e os laterais avançados. Pecou, porém, nos erros de passe perto de sua área, o que permitiu ao Grêmio dominar a partida e criar jogadas que só não resultaram em gol por erro de pontaria nas finalizações. Pontaria que também faltou a Yony González, aos 26, quando chutou rente à trave, e a João Pedro, aos 37, em cabeçada sobre o travessão.

No segundo tempo, o Fluminense, mais fechado, corrigiu o posicionamento, mas sem abdicar da busca pelo gol. Que veio aos quatro minutos. João Pedro lançou Yony González e ele deixou de calcanhar para Caio Henrique chutar forte, por baixo de Júlio César. O Grêmio quase diminuiu, aos 8, quando Thaciano obrigou Muriel a um milagre, mas o time de Marcão mostrou segurança para conter as investidas do adversário.

Na base da troca de passes, tentou envolver o Grêmio, que seguiu na luta e foi premiado. Aos 30, Gilberto errou duas vezes na área e a bola sobrou para Patrick chutar no canto de Muriel. O gol irritou a torcida, que vaiou o lateral e passou a temer pelo pior. Coube ao Fluminense, porém, jogar com o coração para vencer e aliviar o clima no clube, conturbado após a invasão de 30 membros de organizadas ao CT Pedro Antonio. Em nota oficial, ontem, a diretoria repudiou o gesto.

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