Joan Laporta, presidente do BarcelonaFoto: PAU BARRENA/AFP

José María Enríquez Negreira, ex-presidente da Comissão Técnica de Árbitros acusado de ter favorecido o Barcelona na arbitragem em jogos entre os anos de 2011 e 2018, teria se tornado inimputável no caso após apresentar um laudo que comprova que tem doença de Alzheimer, além de um leve grau de demência. As informações são do jornal espanhol "Relevo".
Com o diagnóstico de Negreira, um ato criminoso não poderia ser atribuído ao ex-árbitro, o que manteria sua liberdade. Isso porque, a Câmara Criminal do Supremo Tribunal Federal Espanhol decidiu, em 2017, que realizar um julgamento contra quem não entende ou não pode se defender é injusto, mesmo que o acusado estivesse bem na época dos delitos.
Em setembro do ano passado, Negreira compareceu a um centro de cuidados voltados para o Alzheimer acompanhado de sua esposa e de seu filho Javier, que também é alvo de investigações. Segundo a família, o ex-árbitro tinha distúrbios de ansiedade, de raciocínio, e falhas na memória. O diagnóstico completo mostra demência leve, doença neurodegenerativa e um traumatismo cranioencefálico por conta um acidente automobilístico sofrido em 2003.
O advogado de Negreira, portanto, afirmou que o ex-árbitro não estaria em condições de prestar declarações nem de ser alvo de processo penal. Além disso, ele não terá a obrigação de prestar depoimento em qualquer momento do processo, além de não precisar de justificativa.
O Barcelona poderá sofrer sanções normalmente. A juíza responsável pelo caso, deverá pedir aos médicos legistas um novo laudo independente para definir ou não a inaptidão no julgamento de Negreira no caso.