Empresa da qual Willian Bigode é sócio foi quem indicou investimento na XLand a Mayke e ScarpaCesar Greco / Ag Palmeiras

Rio - A Justiça de São Paulo acatou o pedido do lateral-direito Mayke, do Palmeiras, e decretou na última segunda-feira (10) o bloqueio das contas do atacante Willian, atualmente no Athletico-PR. O jogador, de 36 anos, foi o pivô de um golpe de criptomoedas no defensor e no meia Gustavo Scarpa, ex-companheiros no clube paulista. 
Mayke e Gustavo Scarpa investiram cerca de R$ 10,5 milhões na empresa Xland, recomendada por Willian Bigode para realizar investimentos de criptomoeda. O lateral-direito investiu R$ 4,5 milhões, enquanto o meia entrou com R$ 6 milhões. Ambos, no entanto, não receberam o dinheiro prometido e também não conseguiram recuperar o investimento. 
Na Justiça, Mayke cobra R$ 7,8 milhões de Willian Bigode. O valor é referente aos R$ 4,5 milhões investidos e os R$ 3,3 milhões prometidos em rendimentos dentro de 18 meses - o que não ocorreu. Desta forma, a conta de Willian Bigode foi bloqueada. Além do ex-companheiro, o lateral do Palmeiras também processa as empresas envolvidas no caso. 
Os advogados de Willian emitiram nota manifestando "absoluta discordância do teor da decisão" e afirmaram que vão adotar "medidas cabíveis". Em março, também houve um pedido de Gustavo Scarpa, mas a defesa do atacante, atualmente no Athletico-PR, recorreu e reverteu a situação. Willian alega também ser vítima e que perdeu R$ 17,5 milhões. 
Willian Bigode atuou com Mayke e Gustavo Scarpa no Palmeiras. O investimento começou em 2021, após recomendação do jogador. No início do ano passado, o atacante se transferiu para o Fluminense após o contrato com o Alviverde encerrar. Após a polêmica, o clube carioca emprestou o atleta para o Athletico-PR por uma temporada.