Max verstappen é o atual bicampeão do mundial de pilotos da Fórmula 1AFP
Verstappen, Alonso e Hamilton divergem sobre corridas rápidas da Fórmula 1
Etapa de Baku, no Azerbaijão, será a primeira com corrida rápida na temporada
A introdução das corridas rápidas no calendário da Fórmula 1 agradou aos fãs, mas não é uma unanimidade entre os pilotos. Apesar da aprovação unânime entre os atletas sobre as mudanças nas regras das provas curtas, alguns ainda demonstram insatisfação com a manutenção da ideia. O atual bicampeão mundial Max Verstappen, por exemplo, é um dos críticos.
"A F1 vê isso de um ponto de vista comercial. Eu entendo, as corridas rápidas acrescentam emoção, mas eu olho para elas do ponto de vista esportivo. Penso que a primeira volta é emocionante, há algumas manobras aqui e ali, danos e o safety car. Só que ao longo da corrida, você tem uma visão bem clara do que vai acontecer no dia seguinte. E isso tira um pouco do brilho do evento principal", disse.
Entre as mudanças de regras, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) determinou que as corridas rápidas não definirão mais a ordem de largada da prova principal, mas ainda valerão pontos para o Mundial. A alteração já valerá a partir da etapa de Baku, no Azerbaijão. Na contramão do piloto da Red Bull, o heptacampeão Lewis Hamilton, da Mercedes, mostrou empolgação com o novo formato.
"Vai ser difícil para todo mundo, mas estamos todos no mesmo barco. E que pista para fazer isso. As ultrapassagens são possíveis, há ótimas corridas aqui. Espero que possamos lutar. Com a mudança de todo o formato, é provavelmente o fim de semana mais empolgante deste ano até aqui. Estou ansioso para ver como isso vai se sair", afirmou Hamilton.
Já o veterano Fernando Alonso, da Aston Martin, ressaltou a dificuldade que os pilotos terão com um treino livre a menos, além dos riscos que a corrida rápida podem oferecer em termos de danos. Entretanto, o bicampeão mundial da categoria vê de forma positiva o fim de semana com a prova curta e aprovou as mudanças feitas pela FIA.
"No passado sempre treinávamos antes da classificação. Agora não temos nenhum treino. É muito mais estressante e muito mais fácil de se cometer um erro. No fim do Q3 todos já estaremos preparados, mas no Q1, se você frear tarde demais ou bater, pode ser dá mal. Neste fim de semana há uma chance enorme de cometer um grande erro", afirmou o espanhol, antes de defender a prova curta.
"Quando eu estava fora do esporte não assistia aos treinos, tenho que ser honesto. Eram muito longos e chatos, e eu sabia o que as pessoas estavam fazendo. Entendo a importância de fazer algo diferente no fim de semana. Portanto, temos de aceitar isso, ajudar a F1, e esperamos que os fãs nos deem um bom feedback", completou.
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