Cuca deixou o comando do Corinthians recentementeRodrigo Coca/Agência Corinthians
Jornalista diz torcer por volta de Cuca ao futebol: 'Ninguém pode ter punição eterna'
Treinador deixou o comando do Corinthians recentemente após sua condenação por estupro virar assunto nas redes sociais
Rio - O "Caso Cuca" tomou conta das redes sociais nas últimas semanas, especialmente após o técnico deixar o comando do Corinthians. Durante o programa "Bate-Pronto", da Jovem Pan, desta quarta-feira (3), o jornalista Nilson Cesar criticou a forma com que o caso vem sendo tratado.
"Essa punição eterna ao Cuca não vou concordar nunca. Se amanhã ele estiver no Internacional, Grêmio, São Paulo, Santos ou Flamengo, eu vou aplaudir a direção. Eu torço para que o Cuca faça o que ele tem que fazer, se preserve junto com a família e que volte logo ao futebol. Ninguém pode ter punição eterna. Essa é minha opinião. A punição eterna é ridícula", disse, antes de completar:
"Nós somos seres falhos demais, como é que rotula o Cuca como estuprador? Você viu o ato? Quem conhece o Cuca… O cara errou, agora vamos impedir o cara de trabalhar o resto da vida?", finalizou o jornalista.
Cuca foi acusado e condenado, junto com outros três jogadores que na época estavam no Grêmio, por envolvimento no estupro de uma adolescente, na Suíça, em 1987. Os atletas chegaram a ficar presos por um mês, quando pagaram fiança e retornaram ao Brasil. Os quatro não marcaram presença no julgamento, que foi realizado nos dias 14 e 15 de agosto do ano em questão.
Recentemente, o processo judicial guardado nos Arquivos do Estado do Cantão de Berna, capital da Suíça, confirmou que havia sêmen de Cuca no corpo de uma adolescente de 13 anos.
Cuca, Eduardo e Henrique foram condenados a 15 meses de prisão pelos crimes de coação e fornicação com menor. Já Fernando foi condenado apenas a três meses de prisão por coação. Todos os quatro receberam uma pena condicional, que faz parte da legislação do país - quando o condenado não tem de ir para a cadeia, a menos que cometa outro delito durante o prazo determinado pelo juiz.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.