Wallace foi campeão olímpico de vôlei em 2016Kirill Kudryavtsev/AFP

A defesa de Wallace, jogador do Sada Cruzeiro, publicou nesta quinta-feira (4) nota pública de esclarecimento e apontando falhas quanto ao processo da punição aplicada pelo Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil (CECOB) ao oposto, aumentando de 90 dias para cinco anos após publicação de enquete nas redes sociais sobre tiro no presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 
"Embora claramente incompetente para processamento e julgamento do caso, o Conselho de Ética avançou nos procedimentos e notificou o atleta para apresentação da sua defesa. E de forma surpreendente, antes mesmo de dar a dita possibilidade de defesa ao atleta, de forma monocrática e unilateral, o Relator do processo decidiu aplicar-lhe suspensão cautelar, a viger enquanto perdurasse o trâmite do processo", diz trecho do comunicado.
A nova punição do CECOB foi divulgada dois dias após Wallace disputar a final da Superliga, vencida pelo Cruzeiro, contando com liminar do Supremo Tribunal de Justiça Desportiva do Vôlei (STJD) mesmo suspenso - até então por 90 dias.
Além da suspensão ao jogador, o Conselho de Ética do Comitê Olímpico do Brasil aplicou punição à Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), interrompendo o repasse de verba por seis meses, assim como tornando a entidade descredenciada para competições e inscrições de jogadores.
Em outro parágrafo da nota pública, a defesa do jogador ressaltou que o ex-seleção brasileira reconheceu o erro sobre a publicação nas redes sociais.
"De início, parte-se da premissa de que a defesa do atleta, e naturalmente o próprio atleta, entendem que a sua conduta de fato foi imprópria e nada condizente com o que dele se espera. Apesar de que o atleta não foi o autor original da fatídica pergunta, tendo apenas repostado a pergunta, indagando se alguém faria aquilo, não se discute o erro. Ao contrário, erro admitido prontamente pelo atleta, desculpas e retratações públicas feitas, e serenidade em enfrentar processos com respeito e dignidade."