Gabriela Anelli morreu após ser atingida por garrafa no pescoçoReprodução
Torcedor do Flamengo nega ter confessado arremesso de garrafa que matou palmeirense
Delegado afirmou que Leonardo Felipe Xavier Santiago assumiu a culpa pelo ocorrido em conversa informal, mas acusado nega a informação
Rio - Acusado de arremessar a garrafa que atingiu e matou a palmeirense Gabriela Anelli, no último sábado (8), nos arredores do Allianz Parque, Leonardo Felipe Xavier Santiago nega ter confessado à polícia que foi o responsável por atirar o objeto. Segundo o advogado do torcedor do Flamengo, Renan Bohus, ele mantém a versão de que tacou apenas pedras de gelo durante a briga. O flamenguista foi preso em flagrante e responderá por homicídio doloso.
“Eu falei com o Leonardo agora de manhã e ele nega que tenha atirado ou que tenha dito que atirou uma garrafa”, disse Renan ao “ge”.
A informação de que Renan admitiu a autoria do arremesso, em conversa informal, foi dada pelo delegado que investiga o caso, César Saad, em coletiva na última segunda-feira (10). Ele reforçou sua fala nesta terça-feira.
“No momento da prisão do autor, ali informalmente, ele confessa que ele estava na briga, que estava na confusão e que teria arremessado coisas na direção da torcida do Palmeiras. Ele fala: ‘eu arremessei, eu joguei a garrafa’”, declarou Saad.
“Depois, na delegacia, quando estava sendo autuado, ele já sabendo do estado grave da Gabriela, no interrogatório diz que arremessou pedras de gelo. O que é importante é que as provas testemunhais validaram, foi importantíssimo, foi fundamental pra decisão da prisão em flagrante dele, e isso foi validado pelo poder judiciário”, completou.
Nas próximas horas, a defesa de Leonardo entrará com um pedido de habeas corpus para que ele aguarde a investigação em liberdade.
“Nós entendemos que a prisão é ilegal por que não há indícios suficientes para que ele seja mantido detido”, disse o advogado Renan.
No entanto, segundo o delegado Saad, as evidências apontam Renan como o autor do arremesso da garrafa que matou Gabriela.
“As provas testemunhais descrevem até a roupa que ele estava usando. Na delegacia ele confessou que jogou a garrafa. Todas as testemunhas que estavam lá, que também foram atingidas por garrafas, apontaram ele como autor”, afirmou o policial.
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