Seleção jamaicana na Copa do Mundo FemininaLeBald James/JFF

Austrália - A Jamaica fez uma campanha histórica na Copa do Mundo Feminina 2023. Apesar de ter sido eliminada pela Colômbia nas oitavas de final, as jamaicanas chamaram atenção de todo o mundo, na fase de grupos, ao empatarem com França e com o Brasil - resultado esse que eliminou a Canarinho do torneio.
Apesar de todo o sucesso, durante o torneio foi exposta a falta de apoio da federação do país. Para ajudar as jogadoras, Sandra Phillips-Brower, mãe da meio-campista Havana Solaun, organizou uma "vaquinha virtual" para auxiliar nos gastos durante o Mundial. Batizada de "Girlz Rise Up", a campanha já arrecadou 76 mil dólares (por volta de R$ 373 mil). A meta é chegar aos 100 mil dólares para ajudar a custear as viagens feitas durante a Copa, entre outras despesas das atletas e toda a delegação da Jamaica. 
Além do crowdfunding, as jamaicanas foram ajudadas por outra iniciativa, que contou com o auxílio de Cedella Marley, filha de Bob Marley. Ela contribuiu com o retorno das atividades da seleção, que ficou sem jogar por seis anos - de 2008 a 2014. Apesar do "patrocínio" de Cedella, a Jamaica ainda enfrenta problemas financeiros com a Federação com atrasos salariais e cortes nos investimentos. 
Após a derrota por 1 a 0 e a eliminação diante das colombianas, Lorne Donaldson, técnico da Jamaica, declarou que nada mudou, com relação ao apoio financeiro à seleção, desde a Copa de 2019 e pediu união para que se buscasse alguma solução. 
"Desde 2019, nada ocorreu na Jamaica. Embora a Fifa e o governo não se misturem, mas espero que todos nós possamos ajudar. A Fifa e o governo não se dão bem, mas espero que todos nós possamos nos unir agora e tentar encontrar uma solução", disse o treinador.