Coletiva do técnico Fernando Diniz, da seleção brasileiraFoto: Vítor Silva/CBF
Eliminatórias: Diniz comenta escalação do Brasil e projeta jogo contra o Peru
Treinador espera dificuldade contra a seleção peruana e conteve a euforia após a goleada acachapante sobre a Bolívia por 5 a 1
Peru - Nesta segunda-feira, 11, o técnico Fernando Diniz projetou o jogo do Brasil contra o Peru, pelas Eliminatórias para a próxima Copa do Mundo. Na entrevista coletiva, o treinador elogiou a seleção adversária e disse que espera dificuldade na partida.
"O Peru é uma grande equipe. Vimos cinco jogos do Peru. O time é muito forte fisicamente, bem treinado, e a gente espera dificuldade. É um time que tem bons recursos técnicos e tem grandes jogadores. Então, estamos esperando um grande confronto", analisou Diniz.
Para a partida, o treinador repetirá o time que goleou a Bolívia. Assim, o Brasil irá a campo com: Enderson; Danilo, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Renan Lodi; Casemiro, Bruno Guimarães e Neymar; Raphinha, Rodyrgo e Richarlison.
"Eu gostei bastante do time e o tempo. Os jogadores vão ganhando um pouco mais de entrosamento. Se começar a fazer muita troca, acaba perdendo um pouco do ganho que eles tiveram. Então, a tendência é de manutenção da equipe", explicou o técnico.
Em tempo: Brasil e Peru medirão forças nesta terça-feira, às 23h (de Brasília), no Estádio Nacional do Peru, em Lima. A partida é válida pela segunda das Eliminatórias.
Veja mais declarações de Diniz:
FILOSOFIA
"A minha ideia, embora não pareça às vezes para o público, é também de montar de trás para frente no sentido de ser, primeiro, um time que se protege bem. Nós criamos muitas chances contra a Bolívia e ofereceu quase nada. Esse é o ideal para gente. Tenho muita preocupação defensiva, embora goste que o time jogue para frente e que tenha a bola. A única chance que você tem de não tomar gol é quando você está com a bola. Se a bola está com o adversário, você sempre tem chance de tomar gol".
"Então, ter a posse da bola, uma das coisas que te favorece já é a impossibilidade de tomar o gol. Sempre tenho esse cuidado defensivo nos meus trabalhos, a vida inteira tenho procurado melhorar. Depois, a gente vai implementando as ideias que temos para ser um time criativo, que goste de jogar, que os jogadores sintam prazer de jogar. E que esse prazer passe para o torcedor. Tenho muita alegria quando tem esse vínculo com a torcida, como teve em Belém e acho que para quem assistiu ao jogo. A gente sempre joga para vencer, mas se conseguirmos jogar, vencer e criar esse tipo de sentimento no torcedor, é o melhor cenário possível".
LEGADO DE TITE
"Eu peguei um time muito bem estruturado pelo Tite tanto na parte tática, com uma forma um pouco diferente de jogar, quanto na base relacional, os jogadores se dão bem. A gente colocou algumas ideias".
PÉS NO CHÃO
"A euforia é uma coisa típica do torcedor, que gosta quando o time ganha de 5 a 1. A gente jogou bem, não podemos esconder o fato de que o time jogou bem contra a Bolívia, mas já passou, precisamos ter o pé no chão. É um outro jogo, fora de casa, tem uma certa rivalidade, é um time tradicional, as seleções se encontraram em final de Copa América. Temos que saber encarar a realidade. Pensar no Peru com todo o cuidado que temos que pensar e procurar entregar o nosso melhor".
APROXIMAÇÃO DOS JOGADORES
"É um pouco parecido quando você chega num clube novo em que você trabalhou com pouca gente. Não tem muita diferença. Jogador tem uma coisa muito similar... Jogador do Fluminense ou do São Paulo ou da Seleção tem em comum que é por onde eu chego, tento me aproximar e criar um vínculo rapidamente. Acho que estamos conseguindo. Isso é uma das coisas que está numa velocidade boa, estabelecimento de boas relações humanas com os jogadores. Somado a isso, a gente vai conseguindo implementar aos poucos a parte tática que a gente deseja".
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