Endrick entrou na parte final e jogou poucos minutos em sua estreia pela seleção brasileiraJoilson Marconne / CBF

Endrick tornou-se o quarto jogador mais novo a estrear com a camisa da seleção brasileira, na derrota por 2 a 1 para a Colômbia, na quinta (16). Uma situação que até pouco tempo não era imaginada de acontecer em 2023, diante do início complicado no Palmeiras, quando amargou a reserva. Mas o jovem de 17 anos entendeu a necessidade de mudar a mentalidade para fazer valer toda expectativa em seu futebol.
"Eu tinha 16 anos, pensava em tudo que saía na mídia, pensava nisso, ouvia as pessoas falando, jogava com raiva, para mostrar que eu era outra pessoa, que não era aquilo. Isso me destruiu um pouco", admitiu.
Para entender a necessidade de desapegar um pouco sobre o que falavam dele e também mudar essa postura, Endrick contou com a ajuda do zagueiro Murilo.
"Um cara que me ajudou muito foi o Murilo, me ajudou muito na trajetória no Palmeiras. Ao completar 17 anos, falei que só queria ser feliz. Só queria ver alegria no rosto da minha família e de todas as pessoas que estão do meu lado", contou.
Esse novo entendimento para a carreira funcionou tanto que, além de se tornar destaque na arrancada do líder Palmeiras no Brasileirão, chamou a atenção de Fernando Diniz, que resolveu apostar em sua convocação.
"Eu não estava esperando (a convocação), estava esperando ir para a seleção olímpica. Meu pai mandou a foto, e foi só felicidade saber que meu pai estava chorando. Deu aquelas borboletas na barriga, agradeci a Deus por tudo o que aconteceu na minha vida", relembrou, querendo aproveitar o momento único neste início de carreira:
"Como eu sempre falo, vou desfrutar do meu momento, ser feliz. Para mim não importa estar jogando ou o número de camisa. É um sonho que eu tenho desde criança. Espero poder contribuir, ajudar a nossa Seleção, ainda mais diante da nossa torcida".