Membro do governo argentino cobra 'desculpas' de Messi por racismo

Buenos Aires - Capitão e craque da Argentina, Lionel Messi recebeu uma cobrança do subsecretário de esportes do país, Julio Garro, por não se retratar pela música racista cantada pelos atletas da seleção após a conquista da Copa América. O presidente da AFA, Claudio Tapia, também foi criticado por não se posicionar sobre o ocorrido.

"O capitão da seleção nacional deve pedir desculpas. O mesmo que o Presidente da AFA. Isso nos deixa, como país, em uma situação ruim depois de tantas glórias", declarou o subsecretário, ao portal 'Corta'.

A música foi divulgada em uma transmissão ao vivo feita pelo meio-campista Enzo Fernández, nas redes sociais. Ele, inclusive, encerrou o vídeo quando percebeu de qual canção se tratava. Depois, pediu desculpas, mas o Chelsea e a Fifa abriram investigações sobre o caso.

Em comemoração, os jogadores da Argentina cantaram uma música racista e homofóbica após o título da Copa América. A canção ficou famosa durante a Copa do Mundo de 2022, quando a Albiceleste derrotou a França na final. 

"Eles jogam pela França
mas são de Angola
que bom que eles vão correr
se relacionam com transexuais
a mãe deles é nigeriana
o pai deles cambojano
mas no passaporte: francês", diz a letra da música.

A Federação Francesa de Futebol (FFF) cobrou um posicionamento da Fifa e da Associação do Futebol Argentino (AFA), na última terça-feira (16). A ministra de esportes da França, Amélie Oudea-Castera, também repudiou o caso.