KloppAFP
Publicado 10/10/2024 15:15 | Atualizado 10/10/2024 15:22
A decisão de Jürgen Klopp em deixar a aposentadoria para assumir o posto de novo diretor global de futebol da empresa Red Bull segue sendo alvo de críticas. Se antes os torcedores do Borussia Dortmund, clube onde foi técnico entre 2008 e 2015, já haviam o chamado de "mercenário", foi a vez da imprensa alemã condenar o acerto com a organização austríaca.
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"Assinar com a Red Bull bombardeia tudo o que os seus apoiadores acreditam que ele representa. Klopp, aparentemente, está fazendo um pacto com o diabo", publicou o portal 'T-Online'.
"Klopp está tão errado quanto os seus dentes. O dia em que Klopp morreu. Klopp, que disse que votaria sempre na esquerda, junta-se a uma empresa cujas atividades midiáticas contribuíram significativamente para a ascensão da direita", opinou o colunista Günter Klein, do 'Münchner Merkur'.

Problema dos alemães com a empresa é antiga

Na Alemanha, o futebol do país tem como característica o modelo "50 + 1", que consiste na proibição dos clubes em ter acionistas majoritários. Há, claro, exceções, como o Bayer Leverkusen, o Wolfsburg e o Hoffenheim, que possuem empresas que os financiam há mais de 20 anos - principal regra para se liberar o controle acionário para organizações. 
No caso da Red Bull, os austríacos seguem a regra, porém, dão um jeito de driblar as normas impostas. Por exemplo, o número de sócios votantes no Leipzig é de apenas 19, enquanto muitos clubes têm uma quantidade maior em seu quadro. Porém, deste número reduzido, todos são empregados na empresa.
Caso um torcedor queira se tornar sócio, é preciso pagar o valor de mil euros, mas isso não garante o direito de voto e participação nas decisões do clube. 

Declarações antigas de Klopp vieram à tona

Em 2017, o ex-treinador do Liverpool já havia expressado sua desaprovação em relação a forma como a Red Bull atua no futebol alemão. Klopp afirmou apreciar a "tradição no futebol" e recriminou os conglomerados de multi-clubes.
Como diretor global de futebol da Red Bull, Klopp vai liderar a visão estratégica dos clubes do portfólio da empresa, que é dona do RB Leipzig, RB Salzburg e Liefering na Áustria, do New York Red Bulls, dos Estados Unidos, e do Red Bull Bragantino, no Brasil.
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