Advogado Fernando Burlando fez forte acusação sobre condições da casa onde Maradona morreuLuis Robayo / AFP
Advogado critica casa onde Maradona morreu: 'Imundície'
Julgamento da morte de ídolo argentino prossegue com sete acusados
O julgamento sobre a morte de Diego Maradona teve uma forte acusação do advogado Fernando Burlando. No terceiro dia de sessão no Terceiro Juizado Penal de San Isidro, na Argentina, ele criticou duramente as condições sanitárias e estruturais da casa onde o ídolo argentino morreu.
"Era uma pocilga, uma imundície raramente vista, inadequada para internação domiciliar. O que eu quero é que eles descrevam o quão sujo isso foi", afirmou Burlando.
Maradona viveu na residência entre 11 e 25 de novembro de 2020. Segundo o advogado, o banheiro tinha menos de um metro de largura, o que dificultava a assistência dos enfermeiros e impedia que ouvissem possíveis queixas do ex-jogador.
Acusações contra o médico de Maradona
Fernando Burlando também fez acusações severas contra Leopoldo Luque, neurocirurgião que está entre os réus do julgamento. O advogado mencionou que as ações dos envolvidos merecem ser punidas. As penas podem variar de 8 a 25 anos de prisão, caso eles sejam considerados culpados.
"O que vem a seguir para o médico de Maradona? Sem dúvida, todas as ações que essa gangue de bandidos realizou não lhes deixarão outra alternativa senão a prisão", declarou.
O ex-jogador se recuperava na casa após passar por uma cirurgia para a retirada de um coágulo sanguíneo, sofrido em um acidente doméstico. Ele morreu no local, vítima de uma parada cardiorrespiratória, em 25 de novembro de 2020, aos 60 anos.
O caso é tratado como "homicídio com possível intenção" e oito profissionais de saúde que trabalhavam em casa respondem pelo crime. Sete deles são julgados no momento, enquanto uma enfermeira conseguiu que seu caso fosse julgado separadamente.
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