Rio - Em áudio vazado, o presidente do Athletico-PR, Mário Celso Patraglia, acusou Fluminense, Vasco e outros clubes brasileiros de calote em negociações recentes. Na mensagem, o mandatário, que confirmou a veracidade do áudio, mostrou preocupação com a situação financeira do Furacão.
O primeiro time citado por Petraglia foi o Vasco. O dirigente explicou como o plano de pagamento de dívidas no processo de Recuperação Judicial do clube carioca impactou na contratação do zagueiro Léo, chamado por ele, equivocadamente, de Léo Pereira no áudio. Ele admitiu ter feito uma confusão com o nome por conta do apelido Léo Pelé, que o zagueiro adotou no início da carreira.
"Quanto ao Léo Pereira, o Vasco não pediu falência, o Vasco pediu RJ, recuperação judicial. É como se fosse uma concordata do passado. Então ele vai pagar um percentual muito baixo das dívidas e não tem prazo para isso. O Léo Pereira, como o Athletico não está em recuperação, temos que pagar independentemente, apesar que o contrato visava encontro de contas, mas infelizmente não foi possível fazê-lo. Não estamos recebendo e já pagamos o Léo Pereira", afirmou.
O "encontro de contas", citado por Petraglia, seria uma espécie de compensação de dívidas entre as duas equipes. A contratação de Hugo Moura pelo Vasco, em 2024, está englobada, já que o valor não foi totalmente pago.
"Temos jogadores como o Alex Santana, vendido ano passado para o Corinthians, que ele não nos pagou. Tem também o caso do Vasco, que não nos pagou. Foi vendido ano passado o volante, não me lembro o nome agora (Hugo Moura)", completou.
No caso do Fluminense, a reclamação de Patraglia é por um suposto atraso na pagamento da primeira parcela pela contratação do atacante Canobbio.
"O Canobbio para o Fluminense, tinham que pagar a primeira parcela, e só deram 500 mil reais. O Cuello, o Atlético-MG comprou e não pagou nenhuma prestação, já está vencida. As vendas para o mercado interno foram todas previstas no nosso fluxo de caixa e infelizmente não serão realizadas. Essa é nossa preocupação para este ano", declarou.
Após a repercussão da fala, o Athletico-PR emitiu um comunicado negando que o Fluminense esteja em atraso com o pagamento por Canobbio. No início do ano, o Tricolor fechou a compra de 80% dos direitos do atacante uruguaio por 6 milhões de euros (cerca de R$ 37 milhões), fazendo dele a contratação mais cara da história do clube.
O Athletico Paranaense informa que não há nenhum pagamento pendente por parte do Fluminense relativo à primeira parcela da venda dos direitos econômicos do atleta Canobbio. #Athleticopic.twitter.com/rMB3vEjvz4
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