União do time será fundamental nesse momento conturbadoVítor Silva/Botafogo

Rio - O Botafogo volta a campo na noite deste sábado (18) pela primeira partida da semifinal da Taça Rio, contra a Portuguesa, no Estádio Luso-Brasileiro. Em jogo, muito mais do que um "prêmio de consolação" após a eliminação na Taça Guanabara. Para o Glorioso, vale a conquista de uma vaga na Copa do Brasil de 2024 e a chance de espantar a crise vivida pela Sociedade Anônima do Futebol (SAF) no começo do ano.
No que evolve a parte de futebol, o momento é delicado para o Alvinegro. O técnico português Luís Castro, mesmo após a goleada por 7 a 1 sobre o Brasiliense, na segunda fase da Copa do Brasil, ainda conta com críticas internas e enorme pressão por desempenho e resultados.
O título da Taça Rio é o foco do momento e, conforme publicou a reportagem do O Dia, um fracasso diante dos quatro clubes de menor expressão pode resultar na queda do comandante do Botafogo, que tem passado por avaliação criteriosa de John Textor e seu estafe. Na outra semifinal, Audax e Nova Iguaçu medem forças.
Ainda pensando em projeto esportivo, o caneco, mesmo que desvalorizado, seria extremamente importante visando o 2024 do Botafogo. Após mudança no regulamento, as vagas na Copa do Brasil serão via classificação nos campeonatos estaduais, excluindo o sistema de ranking da CBF, utilizado até a edição atual.
O Botafogo tem uma brecha para se classificar caso não conquiste a Taça Rio. O Artigo 37-III do regulamento prevê que, caso um clube carioca obtenha vaga para a Copa Libertadores, abrirá mais vagas para quem ficar nas primeiras colocações da Copa do Brasil.
Crise na SAF?
Já visando os bastidores, dias de paz são necessários para que o Botafogo tenha mais tranquilidade na missão de organizar a casa. John Textor, acionista majoritário da SAF, vem enfrentando problemas financeiros com fluxo de caixa e penhoras, que são questionadas pela cúpula alvinegra constantemente após avaliação da nova legislação no modelo de clube-empresa.
A pressão em Luís Castro também está no combo de "incêndios" a serem apagados por Textor, que classificou diversas vezes o português como seu sócio no futebol do Alvinegro. Caso os problemas em campo continuem aparecendo e a Taça Rio não seja conquistada, o "casamento" tende a chegar ao fim.