John Textor é o acionista majoritário da SAF do BotafogoVítor Silva/Botafogo
'Realmente patético', diz Textor, sobre protestos de torcedores do Botafogo com ofensas
Glorioso vive fase conturbada no início de 2025 com péssimos resultados
Rio - Dono da SAF do Botafogo, John Textor concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira (28) na apresentação de Renato Paiva, novo técnico. O empresário estadunidense se manifestou sobre os protestos dos torcedores no início de ano conturbado do Glorioso, que o ofenderam com xingamentos na derrota por 2 a 0 para o Racing, pela Recopa Sul-Americana.
Na segunda etapa, um grupo estendeu faixas contrárias à ideia de planejamento de Textor, que indicou a importância apenas a partir de abril. Seguranças contratados e policiais tentaram impedir a manifestação, rasgaram os cartazes e entraram em confronto. John Textor reprovou a ação dos agentes.
"Eu não sabia desses protestos. Não vi as faixas. Vou falar com nossos seguranças para assegurar que eles não suprimam fisicamente esse tipo de faixa e de protesto", disse.
Para John Textor, os dois títulos perdidos no começo de 2025, além do atraso pela chegada deu um novo treinador após a saída de Artur Jorge, não são motivos para protestos mais acalorados. O dono da SAF tem recebido mensagens em seus perfis pessoais.
"Estou bem chocado com alguns protestos, porque são muito pessoais. Eu acho realmente patético que eu esteja recebendo mensagens de ódio. E estou. Há uma porcentagem de todos nós na humanidade que fica emocionado e fica extremo. Mas isso não me afeta, eu não me importo. Eu me importo com as pessoas. Fizemos coisas boas para esse clube, confio nisso. Não quero suprimir essa emoção, mas esteja preparado, é uma via de mão dupla. Se as pessoas não ficassem tão irritadas, eu diria que é cômico", destacou.
"É decepcionante, é patético, torna-se pessoal. Ontem à noite, pessoas, incluindo mulheres e crianças, me olharam e fizeram gestos. Sei que a vasta maioria dos torcedores apoia o que estamos fazendo nesse projeto. Você não alcança unanimidade em termos de apoio. E a minoria raivosa sempre será a minoria raivosa. Nunca pediria aos nossos seguranças para suprimir isso."
Acionista majoritário desde 2022, ele afirmou que trabalha diariamente para elevar o nível do clube e mudar a cultura da torcida, valorizando os títulos da Libertadores e do Brasileirão em 2024.
"Uma minoria agressiva sempre vai ser uma minoria agressiva. Pensei em algo. Se eu viesse aqui em 2021, fizesse uma proposta para todos os torcedores: vou investir e vir para o Rio, vou dar a vocês um ano de 11º lugar, depois sexto, primeiro, sexto, segundo, depois primeiro, oitavo... Se eu dissesse que entregaria quatro títulos em 15 anos, vocês fariam de tudo para me dar o clube. Aqui estamos. Vamos vencer um ano, perder no outro. Todos têm direito de estar irritados, mas ninguém tem o direito de ser irracional como em algumas situações."
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