Por rafael.arantes

Rio - Esvaziado em muitos momentos, o Campeonato Carioca tem sido menosprezado ano após ano pelos times que não levam a taça para casa. Mas na competição estadual reside a essência da rivalidade. Assunto na mesa de bar, motivo de gozação entre vizinhos, amigos, patrões e empregados, a conquista é capaz de elevar a autoestima de times e torcedores. Neste domingo, Flamengo e Vasco decidem mais uma vez o título de melhor do Rio, às 16h, no Maracanã. De um lado, está a depressão pela eliminação precoce na Libertadores. Do outro, o trauma do rebaixamento. Quem for campeão reafirmará sua grandeza.

Como o Flamengo tem a vantagem do empate, Felipe pode garantir o título. Basta não tomar gol. Pelo Vasco, Martín Silva comanda lá de trás a renovação da confiança dos torcedores, depois de um ano em que o gol foi o maior problema de São Januário

Martín e Felipe vão travar duelo particular na decisão deste domingoArte%3A O Dia Online

Jayme de Almeida, que não contará com Elano e deverá escalar Luiz Antonio e Márcio Araújo, barrando Muralha, viveu a adrenalina de uma final entre Flamengo e Vasco como jogador. A emoção está viva até hoje.

“Decisão entre Flamengo e Vasco vale pra caramba. Dá vontade de jogar, sinto uma saudade danada. Tenho certeza que a motivação de todos está lá em cima”, disse o treinador, que emendou:

“Fui campeão sobre o Vasco em 1972 e 1973, pelos juniores, e em 1974, no profissional. O Vasco tinha o Roberto, e nós garotos como Zico, Geraldo, eu e Cantarele. Ganhamos do América por 2 a 1, com gols meu e do Zico. Fomos para a final por empate. Foi o maior público que eu joguei, 167 mil pessoas. Arrepia até hoje.” O jogo foi 0 a 0.

Há nove jogos invicto, o Vasco tem a missão de vencer para ser campeão. Talvez por isso o técnico Adilson Batista tenha tentado confundir a cabeça de Jayme. Em uma semana, ele testou três esquemas diferentes e mais de dez novidades no time titular. Isso tudo para achar o substituto do atacante Everton Costa, suspenso após expulsão no primeiro confronto.

A boa notícia é que tanto o volante Guiñazu quanto o atacante Edmilson, que não treinaram durante a semana com fortes dores musculares, participaram das atividades deste sábado. Sacrifício por um título tão esperado na Colina e que foi motivo de elogio do treinador.

“Conversei com os médicos todos os dias e espero que os dois possam nos ajudar. Nesses casos vale a pena esperar até o último momento pelo jogador”, afirmou Adilson.

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