Rio - Três dias após um movimentado e polêmico clássico, Vasco e Botafogo se enfrentam novamente nesta quarta-feira, às 21h45, no Nilton Santos, valendo vaga na final da Taça Rio o empate garante o Cruzmaltino na decisão de domingo. A vantagem é acompanhada pela pressão alvinegra após João Paulo fraturar a perna direita (tíbia e fíbula) na dividida com Rildo. A classificação em nome do colega, que ficará pelo menos seis meses longe dos gramados, é questão de honra para o Botafogo, que precisa vencer.
Invicto em clássicos, o técnico Zé Ricardo revela que a serenidade para trabalhar é uma de suas armas na construção do retrospecto de três vitórias e dois empates nos confrontos com os arquirrivais. Alerta sobre a pressão das lideranças do Botafogo sobre a arbitragem, o treinador do Vasco cobra atenção total no campo e bola.
"Todos lamentamos a lesão do João Paulo. Sobre a arbitragem, entendo o lado do Botafogo, mas o jogo não pode ser concentrado nesse questionamento. Que o árbitro tenha tranquilidade. Certeza que o Botafogo não quer ser favorecido, e nós também queremos imparcialidade", avaliou o treinador.
O Botafogo ainda não venceu clássicos em 2018, após quatro tentativas. Como o empate favorece o Vasco, o técnico Alberto Valentim prevê um postura agressiva, porém, equilibrada para não repetir os erros cometidos no domingo. O volante Marcelo é o mais cotado para herdar a vaga do machucado João Paulo. O mistério só será desfeito no Nilton Santos.
"Já tenho uma equipe na cabeça e vou esperar até o final para ver se o Kieza terá condições de jogo. Perdemos um líder, mas o campeonato continua e precisamos dar uma resposta para o próprio João e nosso torcedor", despistou Valentim.
Em busca da afirmação, Vasco e Botafogo apostam no poderio ofensivo para vencer o clássico de logo mais. No domingo, Riascos, de letra, e Brenner, com muito oportunismo, deixaram suas marcas, mostrando que a classificação pode passar pelos camisas 9. Com dois gols em 12 jogos, o colombiano tem crescido de produção e ganhou a vaga de titular. Na disputa com Kieza, que se recupera de uma lesão na coxa direita, Brenner já marcou quatro vezes e quer reconquistar de vez um lugar entre os 11.
Sem apontar favoritismo, Zé Ricardo aposta num clássico bem jogado e disputado. "É imprevisível. Temos que tentar pressionar e jogar no campo adversário, acho que é a melhor forma de conseguirmos a classificação", disse Zé.
Alberto Valentim promete uma resposta após o apagão no clássico de domingo. "Revemos o que temos que fazer. Precisamos ganhar esse jogo para nos classificarmos. Quer mais motivação que essa?", indagou Valentim.