Técnico Abel Braga  - Alexandre Vidal/Flamengo
Técnico Abel Braga Alexandre Vidal/Flamengo
Por O Dia

Rio - O Fla-Flu de hoje, às 20h30, no Maracanã, terá uma emoção diferente e até deixará em segundo plano a classificação para a final da Taça Guanabara. Apesar de ser um jogo decisivo, as atenções estarão todas voltadas às homenagens aos 10 jovens mortos no incêndio no alojamento da base no Ninho do Urubu, sexta-feira.

A dor, a tristeza e o choro estarão presentes, e clubes, jogadores e torcidas pretendem fazer homenagens às vítimas. Além do minuto de silêncio, balões brancos serão distribuídos e grupos de torcedores dos dois lados prometem uma caminhada em conjunto até o estádio do Maracanã. Do Rubro-Negro, também haverá bandeiras, bandeirões com fotos dos meninos e música especial, além de salva de palmas no décimo minuto de jogo. O telão do estádio também vai exibir um vídeo.

No Flamengo, os jogadores tentam superar o drama de perder garotos com os quais conviviam quase que diariamente e buscam forças para estar em campo. Em cada camisa estará escrito o nome de cada um dos dez mortos, além da faixa de luto e calção preto. E, mais do que enfrentar o Fluminense, o elenco rubro-negro terá de encarar a dor.

"Vai ser difícil, não é um jogo qualquer. Não tenho palavras para descrever como vai ser, a gente vai tentar acordar amanhã (hoje) e dar mais um passo adiante. A gente sabe que vão ser muitas homenagens, coisas lindas para eles. A gente também tem um jogo, a gente vai honrá-los como sempre fez no Flamengo, entrando em campo e dando o nosso máximo", afirmou Willian Arão.

Em campo, o técnico Abel Braga deve fazer uma mudança importante na equipe que jogará o Fla-Flu, com Gabigol no ataque no lugar de Uribe.

Pelo lado do Fluminense, uma bandeira de luto e faixas na camisa prestarão homenagem aos jovens. Mesmo sem estarem no Flamengo, os jogadores tricolores admitem que a tragédia também os abalou por terem vivido em alojamentos da base. Ainda assim, acreditam que dentro de campo não haverá influência na questão psicológica para definir o vencedor.

"Isso que aconteceu é algo que transcende o futebol. Eu nem quero entrar nisso... A tragédia foi sobre a vida das pessoas. Fiquei muito entristecido com tudo o que aconteceu, mexe com a gente. O jogo, nesse sentido, nem é o mais importante. Não gostaria de associar a tragédia ao jogo. Ele vai acontecer e quem for melhor vai ganhar. O fato foi à parte. A sociedade de maneira geral tem de saber usar o que aconteceu para evitar que se repita", disse o técnico Fernando Diniz, que poderá contar com Bruno Silva.

O volante seria julgado ontem pelo TJD-RJ pela cusparada em direção à torcida do Vasco, mas a sessão foi adiada por causa da chuva.

 

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