Rio de Janeiro (RJ), 27/03/2019, FLUMINENSE X FLAMENGO - Leo Duarte do Flamengo disputa lance com Yony do Fluminense, semi final da Taça Rio, Maracana zona norte do Rio de Janeiro.Foto: Armando Paiva / Agencia O Dia Flamengo, Fluminense, Semi Final, Carioca - Armando Paiva/ Agência O Dia
Rio de Janeiro (RJ), 27/03/2019, FLUMINENSE X FLAMENGO - Leo Duarte do Flamengo disputa lance com Yony do Fluminense, semi final da Taça Rio, Maracana zona norte do Rio de Janeiro.Foto: Armando Paiva / Agencia O Dia Flamengo, Fluminense, Semi Final, CariocaArmando Paiva/ Agência O Dia
Por ALYSSON CARDINALI

A magia, a mística, a rivalidade e o show de cores, marca registrada do Fla-Flu, deram lugar à polêmica. Em um clássico com duas interferências do Árbitro de Vídeo (VAR), o Rubro-Negro venceu o Tricolor por 2 a 1, no Maracanã, e está na final da Taça Rio. Renê e Everton Ribeiro fizeram os gols do Flamengo e foram os heróis da noite, embora Marcelo de Lima Henrique, com atuação horrorosa, quase tenha roubado a cena e assumido o papel de protagonista em um duelo de emoção e muita briga - pela bola, por espaço em campo e para ver quem tinha mais voz para ganhar no grito.

A bola mal rolou e a primeira polêmica entrou em campo logo no primeiro minuto. Ganso cobrou falta e Léo Santos, após bate-rebate na área, mandou a bola para a rede. Mas o auxiliar deu impedimento do zagueiro tricolor, em jogada duvidosa. O árbitro Marcelo de Lima Henrique, então, consultou o VAR e anulou o gol. Só que marcou falta de Mateus Ferraz em Rodrigo Caio.

O placar não foi alterado, mas a confusa decisão da arbitragem acirrou os ânimos. Após seis minutos de paralisação, o jogo recomeçou e Vitinho e Everaldo, com os nervos à flor da pele, trocaram empurrões. Aos 15, Luciano entrou forte em Uribe e recebeu cartão amarelo. Aos 17, foi a vez de Rodrigo Caio pegar Everaldo de jeito. Futebol, mesmo, só após a parada técnica, quando a adrenalina baixou um pouco.

O Fluminense voltou ligeiramente melhor. Talvez em função de o técnico Fernando Diniz ter mandado a campo um time com força máxima. Já o técnico Abel Braga, mais preocupado com a Libertadores, poupou Diego e Gabigol (optou por Vitinho e Uribe), e tirou o poder ofensivo do Flamengo. O que não impediu que o lateral Renê, aos 29, abrisse o placar, com um belo chute de fora da área, no canto de Rodolfo.

O gol rubro-negro desconcentrou os jogadores tricolores. Aos 34, Matheus Ferraz foi punido após falta dura em Vitinho e Airton levou o cartão amarelo por reclamação. Descontrole que também tomou conta de Marcelo de Lima Henrique, sem pulso para coibir a violência. Aos 39, em outro raro lance de emoção, Bruno Henrique obrigou Rodolfo a fazer um milagre em finalização de cabeça. Aos 42, Gilberto recuou mal a bola e Uribe se antecipou a Rodolfo, mas chutou para fora.

O Fluminense só levou perigo aos 45 minutos, em finalização de Luciano rente à trave de Diego Alves. No mais, muita transpiração, pouca inspiração, cinco cartões amarelos e um vermelho, para Bruno Henrique, aos 49, após entrada desleal em Gilberto. Um clássico de ânimos acirrados na busca pela classificação para a final da Taça Rio.

A expulsão do camisa 27 custou caro ao Flamengo na segunda etapa. Com um jogador a mais, o Fluminense partiu para cima em busca do empate. E o conseguiu, logo aos 15 minutos, mas em outra confusão proporcionada pela arbitragem, que recorreu novamente ao VAR e deu pênalti duvidoso para o Tricolor, depois que Léo Duarte e Everaldo se chocaram na área. Yony Gonzaléz cobrou e mandou a bola para a rede.

O gol deu mais ânimo aos comandados de Fernando Diniz, que, no entanto, nervosos, tinham dificuldades para conter as raras investidas do adversário. O Flamengo, apesar de queda de poder ofensivo, demonstrou a habitual valentia e, precisando da vitória para se classificar, foi à luta. Conseguiu trabalhar melhor as jogadas depois que Arrascaeta entrou em campo, aos 30 minutos, na vaga de Ronaldo. Já o Fluminense, com a vantagem do empate sob o braço, passou a segurar o resultado. Yony González, aos 36, ainda mandou a bola no travessão, após boa jogada de Gilberto pela direita, mas quem vibrou por último foi o Flamengo. Aos 48, Lucas Silva foi derrubado na área por Léo Santos. Pênalti que Everton Ribeiro cobrou e levou o Flamengo à final.  

Você pode gostar
Comentários