Rodolfo Landim, presidente do FlamengoGilvan de Souza/C.R. Flamengo

Rio - A última reunião do Conselho Deliberativo do Flamengo determinou o limite no número de sócios da categoria off-Rio. Em áudio vazado durante o encontro da última segunda-feira (8), na Gávea, o presidente Rodolfo Landim se mostrou revoltado com a tentativa da oposição em derrubar tal limite.
"Eu acho que quando os assuntos são discutidos e deliberados aqui neste fórum teria que haver um certo respeito à decisão que já foi tomada para que a gente não ficasse sempre fazendo novas emendas e discutindo a mesma coisa durante todo o tempo. Esse assunto pra mim ele foi discutido e deliberado há um tempo atrás. E a decisão do Conselho foi fazer uma limitação quanto a isso", disse Landim, em áudio divulgado pelo portal "Mundo Rubro-Negro".
Rodolfo Landim, então, afirmou que iria propor que os assuntos já debatidos pelo Conselho Deliberativo do clube só possam voltar a ser pauta no mandato seguinte.
"Eu vou propor para que assuntos que foram deliberados em um período de gestão do Flamengo eles não mais possam voltar naquele mesmo mandato. Para que a gente modificasse isso, pudesse voltar em outro mandato. Vamos supor que isso passe. Amanhã pegam outra emenda e votam de novo. É mais uma coisa para a gente refletir e pensar porque isso às vezes tem tomado muito tempo das comissões que acabam ficando sobrecarregadas por assuntos que poderiam ser passados adiante para poder cuidar de outras coisas importantes pro Flamengo", disse o presidente, antes de completar:
"Eu acho que existem coisas dentro do estatuto do Flamengo que realmente merecem discussão e a gente precisa avançar nessas discussões. Mas se a gente ficar voltando sempre às mesmas coisas o tempo todo pra mim é um problema", finalizou Rodolfo Landim.
Com a aprovação da proposta na reunião do Conselho Deliberativo do clube, apenas 20% do quadro de sócios-contribuintes do Flamengo será destinados aos torcedores que vivem a mais de 100 km do município do Rio de Janeiro. A proposta da oposição era que não houvesse nenhuma restrição, permitindo, assim, que rubro-negros de outros lugares do Brasil pudessem participar da votação na eleição do clube, a partir de três anos consecutivos de vida associativa.