Ângela Machado, ex-presidente Jair Bolsonaro e Rodolfo LandimReprodução / Redes Sociais

Nesta terça-feira, 13, a Justiça Federal do Rio de Janeiro aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra a diretora de Responsabilidade Social do Flamengo, Ângela Machado. Dessa forma, ela se tornou ré pelo crime de praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito por procedência nacional nas redes sociais.
Ângela, que é casada com o presidente do Rubro-Negro, Rodolfo Landim, publicou uma mensagem no Instagram que compara cidadãos nordestinos a carrapatos, que são parasitas, logo após a derrota do então candidato Jair Bolsonaro no segundo turno das eleições presidenciais.
De acordo com a Justiça Federal, o texto desqualifica os eleitores da região Nordeste, onde a quantidade de votos foi massivamente superior a Lula, que venceu o pleito. Assim, a Justiça entendeu que a mensagem induz ao entendimento de que os nordestinos não trabalham e que, por isso, seriam menos honrados do que os demais eleitores.
"A leitura da mensagem não comporta, a princípio, qualquer outra interpretação senão a de discurso de ódio que propõe a hierarquia entre brasileiros conforme sua procedência no território nacional", diz um trecho da decisão.
Vale destacar que o MPF também apresentou à Justiça uma ação civil pública (ACP), em que pede que Ângela Machado pague indenização de R$ 100 mil por danos morais coletivos. Uma decisão judicial chegou a extinguir a ação, mas o Ministério Público entrou com recurso (clique aqui e saiba mais).