Gabigol, do Flamengo, reclama com o árbitro Wilmar Roldan durante o jogo contra o OlimpiaFoto: NORBERTO DUARTE / AFP

Rio - A Conmebol abriu investigação contra o atacante Gabigol, do Flamengo, por conta da entrevista após a eliminação diante do Olimpia, do Paraguai, nas oitavas de final da Libertadores. O camisa 10 deixou o campo indignado com a atuação do árbitro Wilmar Roldán e insinuou que a entidade do futebol sul-americano, que tem sede no mesmo país, teria influenciado na classificação do time paraguaio.
O Flamengo enfrentou o Olimpia no estádio Defensores del Chaco, em Assunção. Já a sede da Conmebol fica no mesmo país, mas na cidade de Luque. Na saída de campo após a derrota por 3 a 1, de virada, Gabigol afirmou que houve um "roubo muito grande" e lembrou que a sede da entidade "fica ao lado". O camisa 10 também reclamou de uma possível falta em Wesley no lance do gol que determinou a eliminação.
"Estamos acostumados à pressão. Jogamos com 60 mil no Maracanã quase todo jogo. É muito fácil apontar os erros. É ruim falar do juiz quando perde, mas ele (Wilmar Roldán) inverteu faltas, expulsou o treinador... A Conmebol é aqui do lado (em Luque, no Paraguai), são muitas coisas que acontecem na Libertadores e vocês sabem. Houve falta no Wesley no terceiro gol. Mas agora parece que está chorando", disse.
A Unidade Disciplinar da Conmebol investigará Gabigol por uma possível infração no código do artigo 19 do Código Disciplinar da Conmebol (Manipulação de Jogos ou Competições). A entidade solicitou que a defesa do jogador envie provas e documentos sobre as quais fundamenta as declarações realizadas e indicando os supostos autores das infrações mencionadas. O prazo é até o dia 17, às 14h (de Brasília).