Pedro, atacante do FlamengoGilvan de Souza / Flamengo

Rio - Muito mais que um troféu está em jogo. Se o ano de 2023 foi repleto de decepções, o Flamengo tem a chance de dar ao menos um pouco de alegria aos rubro-negros na defesa do título da Copa do Brasil, hoje, às 16h, no Maracanã, contra o São Paulo, no primeiro jogo da final. De torcedores a dirigentes, todos têm bons motivos para encarar a decisão como a tábua de salvação em uma temporada quase perdida.
Para a torcida, é a última oportunidade de gritar "é campeão" pelo menos uma vez no ano, embora tudo indique que haverá espaços vazios na arquibancada por causa do alto valor dos ingressos — a partir de R$ 400 para o público-geral. Ainda assim, a Nação preparou uma grande festa, com direito a mosaico, bandeirão, foguetório e balões, tudo graças aos mais de R$ 150 mil arrecadados em 'vaquinhas' na Internet.
Para os jogadores, a conquista pode servir como alento após uma temporada repleta de vexames, e também como prova de que uma das gerações mais vitoriosas da história do clube não chegou ao fim. Nomes que marcaram época vestindo o Manto Sagrado já não têm o mesmo prestígio. No fim do ano, alguns ciclos serão encerrados.
Para Jorge Sampaoli, é a última chance de fazer com que a sua passagem pelo Flamengo não seja um completo fracasso. Talvez sirva até para garantir seu emprego até o fim do ano. No Rubro-Negro, o argentino foi eliminado nas oitavas de final da Libertadores e faz campanha abaixo do esperado no Brasileiro, com direito a uma derrota por 3 a 0 para o Athletico-PR, quarta, em Cariacica.

Para a diretoria, a perda da taça seria a comprovação definitiva de que não renovar com Dorival Jr. foi um erro. Ou então, no mínimo, que falhou miseravelmente em escolher os sucessores do atual campeão da Libertadores e da própria Copa do Brasil, hoje adversário.
Se existe um motivo para os rubro-negros ficarem otimistas, é que a fase do São Paulo é tão ruim quanto a do Fla ou até pior. No Brasileiro, o Tricolor não vence há sete rodadas e chega à decisão no momento mais delicado sob comando de Dorival. Além disso, sofre a pressão de nunca ter conquistado uma Copa do Brasil. É o troféu que falta para o clube ter conquistado todos os títulos possíveis.