Lelê entrou no segundo tempo contra The Strongest, na vitória do Fluminense por 1 a 0MARCELO GONÇALVES / FLUMINENSE

Lelê mal chegou e já caiu nas graças dos torcedores do Fluminense, a ponto de ter seu nome gritado por todo o Maracanã para que entrasse no segundo tempo da partida que terminou 1 a 0 sobre The Strongest, da Bolívia. Uma sensação única na estreia do atacante de 25 anos na Libertadores e que contrasta com a sua pior lembrança como torcedor da competição.
Tricolor, Lelê assistiu à final da Libertadores de 2008, contra a LDU, pela TV de casa. A decepção com a perda do título nos pênaltis faz quase 15 anos, mesmo período em que o Fluminense ficou sem jogar no Maracanã com torcida pela competição.
"Foi triste, né? Perder a final dentro de casa... Mas se Deus quiser vai ser muito diferente neste ano e seremos campeões. Jogar uma Libertadores é um sonho, pesou bastante na minha decisão", afirmou Lelê, que não escondeu a alegria por ouvir a torcida gritar seu nome para entrar na partida.
"Estava bem focado no jogo, mas escutei bem. Fui um dos que gritavam muito pelos jogadores e, hoje, escutar os torcedores gritarem o meu nome, fico muito feliz e vou sempre buscar dar a resposta pra eles dentro de campo, fazendo o meu melhor", garantiu.
Mais do que ter o nome gritado, a experiência de disputar uma partida de Libertadores também é um grande motivo para Lelê comemorar. Afinal chegou a desistir do futebol aos 16 anos e retornou com 21, em um clube da última divisão carioca, o Itaboraí Profut, onde estava três anos atrás.
"Foi bem difícil, desisti do futebol, mas sempre busquei o sonho de ser jogador profissional, voltei em clube bem menor e hoje estou no Fluminense. Olho para trás e vejo que valeu a pena todo esforço, mesmo tendo desistido, agora podendo jogar Libertadores, Brasileirão. Se Deus quiser poderei disputar outras grandes competições, até pela seleção brasileira, um sonho de criança", disse.