Pela quarta vez, Jhon Arias marcou dois gols em uma mesma partida pelo Fluminense. E o 5 a 1 sobre o River Plate, pela Libertadores, teve um gosto especial. Após um primeiro tempo fraco e com erro no gol de empate em 1 a 1 até aquele momento, o colombiano sentiu algo inédito na carreira: foi ser aplaudido no vestiário, durante o intervalo. Foi uma forma que os companheiros encontraram de dar apoio a ele, e funcionou.
"Quando você chega no vestiário e acontece uma reação dessa, acha que todo mundo está maluco (risos) ou se surpreende. É o momento em que você fala: 'Estou no lugar certo, com os caras certos e eles merecem que eu dê o meu melhor'", afirmou na zona mista.
Além do apoio dos jogadores do Fluminense, Arias também sentiu que recebeu força dos torcedores no Maracanã. E retribuiu com dois gols e ainda uma assistência.
"É o que tem sido minha vida até aqui. Temos que ter a capacidade de não se abalar. Hoje eu falhei, o cara (De La Cruz) deu sorte no carrinho e teve mérito no cruzamento. Eu senti o apoio da torcida, sempre me abraçaram, claramente tentaram me levantar porque sabem da minha capacidade. Consegui melhorar, foi uma noite muito marcante para mim, tenho que desfrutar, como toda a equipe", disse.
A recuperação de Arias na partida no Maracanã, inclusive, serviu de exemplo para o técnico Fernando Diniz resumir o que pede no dia a dia dos treinos do Fluminense, sobre a "coragem de jogar", mesmo em meio às adversidades.
"Foi realmente a personificação (do 'Dinizismo'). Ele nao abaixou a cabeça, o torcedor entendeu, o time colocou ele para cima. É um lance que resume o time. Batemos palmas para o Arias no vestiário, ele estava se sentindo bem e foi bem no segundo tempo. É um jogador de encher os olhos. Cada vez mais entende o papel dele no Fluminense e o que ele pode ser no cenário nacional e internacional", avaliou o treinador.
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