Bandeira do Fluminense na sede das LaranjeirasFoto: Marina Garcia/Fluminense F.C.

O Fluminense entrou com um processo na Justiça contra o fundador da grife de roupas "Reserva", Rony Meisler, por causa da alegação racista que fez sobre do pó-de-arroz, tradicionalmente usado pela torcida tricolor. O caso corre na 13ª Vara Civil do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro. 
O Flu pede uma indenização de R$ 50 mil por danos morais à imagem do clube. As informações foram dadas primeiro pelo site "Sentimento Tricolor".
RELEMBRE O CASO
Em meio à briga judicial pelo Maracanã, Rony fez o seguinte comentário no Instagram:
"No sábado, o Fluminense colocou 38 mil torcedores no Maracanã. No domingo, dia seguinte, o Vasco colocou 60 mil. Evidência clara de que o Vasco precisa do Maracanã e o Fluminense poderia jogar em seu estádio nas Laranjeiras, onde há menos de um século eles mandavam pessoas pretas passarem pó de arroz no rosto para jogar futebol", escreveu Meisler.
Mais tarde, o empresário se desculpou ao ser alertado de que a história era falsa. Já o Fluminense, claro, repudiou o ataque.
Em uma nota oficial emitida no dia 27 de abril, o Flu classificou a afirmação de Rony como "absurda" e lembrou que se tratava de uma mentida. No texto, o clube também havia adiantado que adotaria as medidas legais cabíveis e  que dedicaria toda a indenização recebida à entidades dedicadas ao combatem o racismo.
Leia a nota do Fluminense, publicada na época:
O Fluminense FC repudia o ataque covarde do fundador da grife de roupas Reserva, Rony Meisler, à história do clube, por meio da acusação da prática de racismo no passado, ecoando absurdas afirmações há muito reconhecidas como mentirosas.

Circulam corriqueiramente em redes sociais versões falsas que indevidamente apontam o racismo institucional supostamente praticado pelo clube no início do século XX como origem do apelido "pó-de-arroz", originariamente adotado por torcedores rivais como forma de provocar a torcida tricolor e seu ex-jogador NEGRO Carlos Alberto, que tinha como hábito usar pó branco no rosto após fazer a barba já na época em que atuava no América. O efeito foi inverso e os tricolores DE TODAS AS CORES abraçaram o apelido e fizeram do pó-de-arroz um dos símbolos da sua torcida até os diais atuais.

O Fluminense FC adotará as medidas legais cabíveis e destinará a entidades dedicadas ao combate ao racismo toda indenização recebida em decorrência de ações judiciais movidas contra aqueles que espalham notícias comprovadamente falsas a respeito de um tema tão sensível SOBRETUDO PARA OS NOSSOS TORCEDORES NEGROS E que jamais deveria ser usado sob um pretexto tão banal quanto a provocação clubista.

Diante desse comportamento inaceitável, o clube também está cancelando qualquer relacionamento com a referida empresa por entender que este senhor e a grife que fundou não são dignos de ter sua marca associada ao clube.