Marcelo atrai os holofotes para si diante da relação conturbada com jogadores e funcionários do FluMAILSON SANTANA/FLUMINENSE

Rio - Principal contratação do Fluminense nos últimos anos, Marcelo voltou ao clube após 17 anos enchendo a torcida tricolor de expectativas. Apesar do início animador, com direito a golaço na final do Campeonato Carioca sobre o Flamengo, o cenário mudou nas últimas semanas e o lateral vive um momento conturbado tanto dentro, quanto fora de campo.

De acordo com informações do portal “Superesportes”, quatro meses após sua chegada, Marcelo não fala a mesma língua que jogadores e funcionários do Flu. Apesar de não existir nenhum problema de relacionamento direto com nenhum companheiro de clube, o jeito introspectivo do camisa 12 tem gerado incômodo nos bastidores.
Sem troca

Marcelo não tem muita troca com os principais nomes do elenco. Ele não compareceu à festa do título do Campeonato Carioca e não vai a confraternizações do plantel tricolor, que se mostra bastante unido fora dos gramados. Apenas o volante Alexsander é mais próximo do craque, que costuma dar mais atenção aos jovens de Xerém, principalmente aos menos utilizados por Fernando Diniz.

O clima nos bastidores começou a desandar quando Marcelo não conseguiu mais ter sequência dentro de campo. Além disso, a fase ruim em que a equipe entrou também acirrou os ânimos.

Tratamento de estrela
No dia a dia, Marcelo costuma ter alguns privilégios, que foram acordados com o Fluminense na época de sua contratação. O jogador tem uma espécie de “estafe particular” no CT. O lateral chega ao local sempre acompanhado de um segurança e é tratado por um fisioterapeuta individual, que veio com ele da Espanha. A situação, apesar de ter o aval do clube, causa alguns olhares tortos e ciúmes.
Lesões e decepção 
O planejamento para alguns jogos do Fluminense também desagradaram Marcelo. O lateral foi escalado por Fernando Diniz na vitória por 2 a 0 sobre o Cuiabá, pelo Brasileirão, e no jogo seguinte, o primeiro duelo decisivo contra o Flamengo, pela Copa do Brasil, acabou substituído ainda no primeiro tempo. Após as dores aumentarem, o jogador fez críticas ao departamento médico e chegou a reclamar com o diretor Paulo Angioni. Por conta de tudo que acontece nos bastidores, o comportamento do camisa 12 é visto como "estrelismo".

Marcelo não entra em campo pelo Fluminense desde o dia 16 de maio. Ele voltaria ao time na partida contra o Atlético-MG, na última quarta-feira (21), mas acabou tendo uma gastroenterite viral e ficou fora novamente.