Marcelo, lateral-esquerdo do FluminienseMailson Santana / Fluminense
Dificuldade em confronto deixa alerta para o Fluminense na Libertadores
Tricolor teve problemas para criar chances e finalizou pouco nos jogos contra o Argentinos Juniors
A festa com a classificação para as quartas de final da Libertadores não apaga a enorme dificuldade que o Fluminense teve para superar o Argentinos Juniors nos confrontos das oitavas. Foram apenas oito finalizações certas e 16 no total em dois jogos, segundo o 'Footstats', além de muitos problemas na criação.
Na Argentina, o Tricolor sofreu com a pressão na saída de bola fora de casa e contou com a expulsão do goleiro já com as cinco substituições feitas pelo adversário para arrancar o empate em 1 a 1 no fim. No Maracanã, o plano de jogo de Diniz não funcionou ao deixar Cano, Keno, Arias e Lima na mesma linha dos cinco defensores.
Com lentidão na troca de passes e pouca opção no meio, a bola ficou muito tempo na intermediária defensiva com Nino, Felipe Melo e André. E mais uma vez Samuel Xavier salvou no fim, após bola disputada por John Kennedy, quando finalmente o time conseguiu empurrar o Argentinos Juniors para dentro da área.
Mesmo com as dificuldades encontradas para criar chances claras der gol, Diniz considera que o segundo tempo do Fluminense foi bom e não se preocupou com o baixo número de finalizações.
"A gente teve dificuldade de finalizar, mas estávamos cercando a área. Não pode analisar a equipe pelos números de forma aleatória. Tiveram vários cruzamentos muito mais perigosos do que chutar uma bola de meia distância. Podíamos jogar melhor, mas não esperávamos uma marcação em bloco médio como foi. É uma vitória que a gente tem que valorizar", afirmou.
Ao seguir a mesma linha de não levar em conta os números frios, pode-se dizer que, apesar de vir de três vitórias em quatro jogos (o outro foi empate), o Fluminense segue sem convencer.
As boas atuações que encantaram o futebol brasileiro no mês de abril são uma memória distante, em especial pela falta de finalizações e o excesso de passes para trás e com a saída lenta e de pouca movimentação, como aconteceu contra o Argentino Juniors.
"O time teve bastante paciência, trabalhando bastante a bola atrás porque eles estavam muito fechados. Acho que faltou um pouco de velocidade, arriscar um pouco mais, mas deu tudo certo. Foi um jogo muito complicado, e a gente tem que tirar de positivo o modo como jogamos no segundo tempo, de ter calma para matar o jogo", avaliou Daniel.
Por outro lado, o Fluminense mais uma vez soube competir e mostrar estar bem mentalmente, o que é levado como exemplo positivo para o restante da Libertadores.
"Lutamos, batalhamos e a gente soube entender o jogo e não deixar que a pressão externa viesse dentro de campo. Saímos jogando e, quando tinha que dar chutão, demos. Resultado mostrou a força do Fluminense. De fato devemos melhorar para ganhar competição como essa e vamos melhorar. Não estamos encontrando baba do outro lado", afirmou Felipe Melo, completando:
"Demos mais um passo em busca do nosso sonho. Eu me lembro do Palmeiras no meu primeiro título (2020), muito se falava que era um jogo feio, mas nós vencemos. É o que queremos".
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