Felipe Melo disputou a terceira final de Libertadores e ganhou todas, a primeira pelo FluminenseMarcelo Gonçalves/Fluminense
Felipe Melo explica choro antes do jogo e mira Mundial: 'Por que não sonhar?'
Jogador do Fluminense também recordou o sacrifício para estar na final da Libertadores
Campeão da Libertadores de 2023, o Fluminense se garantiu no Mundial de Clubes, no fim do ano, e Felipe Melo repetiu o discurso que tanto fez na competição sul-americana, de que sonhar é de graça. O experiente zagueiro brincou sobre a dificuldade que o Tricolor terá numa eventual final contra o Manchester City, mas lembrou que tem uma semifinal primeiro, contra Al Ahly (Egito), Al Ittihad (Arábia Saudita) ou Auckland City (Nova Zelândia).
"Vamos ter o Mundial, não adianta falar do Brasileiro. Por que não sonhar? Primeiro com a semifinal e, se passar, ver o que vamos encontrar na final. De repente podemos encontrar na final aquele time que nem é tão forte, que é o Manchester City (risos)", brincou.
Essa foi a terceira Libertadores de Felipe Melo, que conquistou pelo Palmeiras em 2020 e 2021, e a mais emocionante. Antes mesmo de a bola rolar, na execução do hino brasileiro, o zagueiro chorou ao ver toda a família junta no estádio, pela primeira vez, assistindo-o numa final.
"Antes do jogo eu chorei muito porque olhei na tribuna e vi meus pais, avó, esposa, filhos, tio, tia, amigos. Primeira vez na minha historia ter, numa final, tantas pessoas que amo e fazem parte do meu dia a dia. Não aguentei e desabei em choro. Pra mim foi muito importante, esse título é importante", afirmou.
Para conseguir jogar e ter toda a família por perto, Felipe Melo precisou lutar contra dores musculares na perna esquerda a 10 dias antes da final contra o Boca Juniors. Desde que saiu de campo no 5 a 3 contra o Goiás, ele fez um trabalho intensivo de recuperação e, assim, conseguiu evitar o que aconteceu nas outras duas finais que disputou.
"Tive briga grande comigo mesmo. Nas outras duas finais, entrei durante o jogo por causa de lesões que sofri antes. Tinha para mim que não podia deixar isso acontecer de novo. Foi tratamento de manhã, tarde e noite, e, de madrugada, joelho dobrado orando. No primeiro tempo senti dor grande e fui até o meu limite. O sacrifício foi grande", contou.
E após uma Libertadores e dois títulos do Campeonato Carioca pelo Fluminense, o zagueiro quer ainda mais aos 40 anos e não pensa em aposentadoria:
"Meu apetite por título continua pra sempre".
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