Rio - Mano Menezes foi só elogios ao falar de Jhon Arias na entrevista coletiva deste domingo (2), no Maracanã, após a vitória do Fluminense sobre o Volta Redonda por 4 a 0. O técnico explicou o impacto do colombiano para o time em sua nova função e pontuou que ele é um jogador completo. Sem Ganso, o camisa 21 tem sido utilizado na posição em algumas partidas.
"Veja como o futebol é duro. A primeira que jogamos com Arias (no meio), Serna pela direita, Cano de centroavante e Canobbio pela esquerda foi no clássico com o Botafogo. Perdemos. E aí foi uma chuva de críticas. É por isso que o técnico tem que ter calma e confiança no trabalho. Às vezes você faz as coisas, elas não funcionam tão bem. Mas não funcionam por esse ou por aquele motivo. Tem que ir atrás dessa avaliação correta para depois você pode repetir e funcionar melhor. Acho que ele pode fazer a função. Obvio que fica o time em que você vê o Arias jogando como o antigo ponta de lança", disse Mano Menezes.
"Às vezes o time se distancia um pouco. Então, tem que estar muito bem compactado atrás, tem que dar sustentação, os volantes têm que se aproximar mais dessa última linha, o time tem que estar muito entrosado coletivamente. Você ganha muito potencial ofensivo. Ele é um jogador brilhante seja pelo lado, seja por dentro. Aliás, ele nunca jogou só pelo lado. Partiu do lado para dentro para ser um jogador completo. É isso que a gente quer dele. Ficamos muito felizes com a renovação porque é um jogador diferenciado e que dá um status para a equipe. Equipe que quer ser estar na ponta da tabela e disputar títulos tem que ter jogadores como o Arias. Ele ajuda muito os outros a crescer", completou.
As duas equipes voltam a se enfrentar no próximo domingo (9), às 18h, no Estádio Raulino de Oliveira. O Tricolor das Laranjeiras assegura a vaga na decisão com uma derrota por até três gols de diferença.
Comemoração dos jogadores do FluminenseLucas Merçon/Fluminense FC
BEIJO PARA O TORCEDOR
"Os brutos também amam (risos). Eu sempre brinquei com as pessoas do lado de fora. Tenho o maior pelo torcedor. Acho que ele é a razão de tudo que a gente faz. Não Tem sentido nenhum nós trabalharmos no Fluminense se não for para o torcedor. Queremos ouvi-lo cantando, mais feliz no estádio. Faço isso desde o primeiro dia que cheguei. Chego todo dia 7h da manhã, começo a trabalhar nesse solzinho quente fazer o melhor para o Fluminense e ver o torcedor feliz".
BASQUETE E FUTEBOL
"Um dia, numa entrevista, eu devo ter falado em algum lugar que a gente não faz bastante gols porque não é basquete. Não dá para ser 32 a 31. É 2 a 1, 1 a 0... Os placares são mais ajustados. E aí a gente ganhou muitos jogos de 1 a 0 naquele momento mais difícil da nossa vida no passado. O torcedor associou isso. É legal, essa é a parte legal do futebol. A gente convive bem com isso".
MOMENTO DO FLUMINENSE
"O jogo resume bastante o que vem acontecendo com a gente nas últimas rodadas. A gente já vem de uma série de sete jogos sem derrota. Isso foi dando afirmação, construção para a equipe. Antes, era impossível a gente entregar um jogo muito melhor. O início de temporada no Brasil é terrível para os clubes grandes. E ficamos naquela ânsia ao colocar uma equipe C, porque ela não consegue fazer resultado".
"O torcedor fica nervoso, começa a olhar na tabela, e a gente também. Você os outros times se distanciando, aí você quer colocar antes da hora. Aí machuca e não tem condição de render. Pela experiência de já ter passado muitas vezes por situações semelhantes, seguramos o máximo que pudemos. Depois deu um pouquinho de sorte. É importante dizer que deu um pouquinho de sorte. E aí a medida que chegou, chegou bem, com condição de entregar um jogo melhor. A exceção foi o jogo diante do Bangu".
"A gente não esteve bem, mas eu disse aqui que não era a gente. Éramos a outra equipe, que tinha jogado os jogos anteriores, e os dois jogos seguintes confirmaram que tínhamos razão em relação a isso. A equipe começa a poder enfrentar o adversário com mais lucidez, com construção de jogada de qualidade. É um somatório. Chegaram jogadores importantes. Hoje eles já estão mais ajustados. Já é uma sensação boa enxergar algo que te agrada. Vamos construindo na medida em que a equipe vai se afirmando. Cada vez a gente pode entregar mais, os jogadores vão ganhando esse lastro de equipe bem postada em campo, vai criando dificuldade para os adversários. Ao criar dificuldades tanto ofensivas quanto defensivas a gente se torna uma equipe bem forte".
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.