Renato Gaúcho lamentou a falta de concentração do Fluminense na etapa inicialLucas Merçon / Fluminense FC

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Rio - Técnico do Fluminense, Renato Gaúcho analisou a derrota por 2 a 0 para o Cruzeiro, nesta quinta-feira (17), no Maracanã, pela 14ª rodada do Campeonato Brasileiro. O comandante destacou a falta de concentração da equipe na etapa inicial, quando o Cabuloso abriu a vantagem no placar. 
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"Nós assistimos ao Cruzeiro jogar no primeiro tempo. Eu alertei a eles antes do jogo, que enfrentaríamos outra equipe que briga pelo título brasileiro. Infelizmente, não entramos focados da maneira que estávamos nos Estados Unidos. Eles fizeram dois gols merecidamente", iniciou o treinador em entrevista coletiva.
"No segundo tempo, acordamos, fiz uma modificação. Melhoramos, criamos, mas não conseguimos fazer o gol. Precisávamos de um gol, o segundo naturalmente sairia. O Cruzeiro se defendeu, entregou a bola, mas faltou tranquilidade para finalizar e marcar. Foram dois tempos distintos, mas eles foram letais", complementou. 
Renato Gaúcho também comentou a venda de Jhon Arias, que será reforço do Wolverhampton, da Inglaterra: "Temos que continuar. É um ídolo da torcida, que vem jogando muito bem, mas são coisas da vida. Era um sonho dele jogar na Europa, sou testemunha. E quando o jogador tem um sonho, ele corre atrás. Tem todo o nosso carinho". 
"Merecidamente, ganhou a festa do torcedor hoje. Desejamos todo o sucesso para ele. A vida segue. Agora, tenho que arrumar outro para jogar na posição. Vai ser difícil, mas vou buscar dar oportunidades para ver quem se adapta melhor", disse.
O próximo compromisso do Fluminense será contra o Flamengo, domingo (20), às 19h30 (de Brasília), no Maracanã, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. O time de Renato Gaúcho ocupa a sétima posição na tabela, com 20 pontos.

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. O que pensou ao botar Fuentes e Soteldo: "Tenho as informações durante a semana que vocês não sabem. Como o jogador está, como não está. Vamos jogar a cada três dias. Tivemos uma decisão hoje, temos outra no domingo. Tenho que revezar o grupo. Sei quem está melhor. Sempre procuro ver o melhor para o time. Ninguém aguenta jogar a cada três dias. Por isso é importante ter um bom plantel".
. Erros na defesa: "Falhamos nos dois gols. Falo que os detalhes fazem a diferença, e hoje foi assim. A equipe entrou sem concentração. E foram avisados que o Cruzeiro faz muitos gols no primeiro tempo, que entram com intensidade. No segundo tempo, todos voltaram focados e melhoraram. Não temos que esperar tomar gols para reagir. No Mundial, estávamos focados desde o começo, por isso sofríamos pouco".
. Oportunidades a Kevin Serna: "Os jogadores têm um contrato, são empregados do clube e não há cláusula de que devem ser titulares. Ele tem nos ajudado sempre que é chamado. Tenho um grupo, dou atenção e oportunidade para todos. O problema de alguns empresários é que acham que trabalham com um Messi. Não vão mudar minha cabeça. E tem empresários que, quando cobrados, desmentem. Não vou atacar individualmente algum empresário, mas aviso no geral: 'Fiquem calados, no Fluminense tem comando. Se abrirem a boca, terão a resposta à altura. Agora, só estou mandando o recado'".
. Expectativa depois do Mundial: "O torcedor estava impaciente porque o time não entrou em campo. Quando terminou o Mundial, avisei a eles que tinham criado essa expectativa. A torcida sabe que podemos brigar por coisas grandes, e temos que responder dentro de campo. A cobrança é normal. Precisamos continuar respondendo em campo, como fizemos nos Estados Unidos. O torcedor na arquibancada é reflexo do time em campo. Eu mesmo estava brabo, vi que não estavam focados e a conta chegou. Infelizmente, pagamos pelos nossos erros".
. John Kennedy: "Conversei com ele. Falei que futebol, já tem. Precisa ter entrega, chegar no horário, treinar. Prometeu que vai treinar, focar no trabalho. Agora, as oportunidades vão aparecer. Ele saiu ajudando o time, escutei muitas histórias. Não dou bola para as histórias, prefiro ver com os meus próprios olhos. Vou dar conselhos, vou ajudá-lo para que dentro de campo ele possa retriubuir".
. Nível do futebol brasileiro: "Continuo com a mesma opinião, mesmo após o Mundial de Clubes. O Fluminense não avançou mais porque não tem o dinheiro deles. O Chelsea pagou mais de R$ 400 milhões só no João Pedro. Quando juntam esse tipo de jogador, a tendência é de que briguem pelo título, como outros grandes clubes europeus fazem. Como vamos competir? Um jogador aparece aqui e é logo vendido. O dinheiro compra. Não tem como competir. Quando falo que o futebol brasileiro está nivelado por baixo, acho que a maior prova são as deficiências na Seleção. Tem três, quatro posições que os treinadores ainda não acharam o jogador certo. Se na Seleção estão com esse problema, imagina no clube. Não mudo minha opinião. Só se aparecerem craques de todos os lados, o que acho que vai demorar muito".