* O Jiu-Jitsu na Escandinávia foi difundido pelo faixa preta-brasileiro Marcelo Yogui, líder da equipe Yogui BJJ. Ele viveu na região norte da Europa por cerca de 20 anos e deixou sementes plantadas por lá. De volta ao Brasil, o professor ministra seminários a cada dois meses em suas academias e possui uma associação que envolve a Suécia, a Dinamarca e a Noruega.
Atualmente, a sua principal academia fica na Dinamarca. Há outras no sul da Espanha, Suécia e Noruega. Nestes dois últimos países, os CTs ficam dentro de bases da força aérea. Os oficiais treinam e isso acaba promovendo o esporte nas bases militares.
Segundo Marcelo, a Europa está no mapa para fazer grandes campeões de Jiu-Jitsu. Em sua opinião, os escandinavos são muito dedicados. Ele, inclusive, tem um aluno que foi campeão do Shooto, no Japão, e outro que foi o primeiro campeão escandinavo peso-pesado (Mundial e ADCC).
Agora, o foco do brasileiro e da Yogui BJJ está no Europeu 2023 da ISBJJA, marcado para os dias 21 e 22 de outubro, em Coimbra (POR), e que tem inscrições abertas no site www.isbjj.com.
"Posso garantir que hoje a Escandinávia é um celeiro de lutadores. O futuro é brilhante. Dito isso, Portugal também é um país muito aprazível para se visitar e nós vamos apoiar o evento da ISBJJA em parceria com a CBJJD. Sabemos que suas competições são sempre bem organizadas e enviaremos atletas para lá, com certeza”, afirmou o professor.
O início de Marcelo na Europa, vale lembrar, não foi fácil, com ele sempre sendo posto à prova. Logo que chegou, encontrou representantes de outras artes marciais querendo conferir qual era a melhor. Assim, ele precisou mostar a eficácia do Jiu-Jitsu na prática, e quando ele começou a ensinar, os europeus achavam que iam aprender um Jiu-Jitsu japonês, mas na verdade encontraram o BJJ (Brazilian Jiu-Jitsu).
Marcelo Yogui teve seu primeiro contato com a arte suave porque seu pai era amigo da lenda Carlos Gracie e fazia aula particular com ele. “O sr. Carlos ia jantar com meu pai, na minha casa, em Copacabana. E foi assim que o conheci. E ele me encaminhou para ter aulas com o Rillion, em Ipanema, e daí nunca mais parei”, concluiu o brasileiro.
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