Presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Seneme não considerou que houve erro do árbitroFoto: Norberto Duarte/AFP

Apesar da indignação do Vasco, que pediu reunião na CBF para reclamar da atuação do árbitro Rodrigo José Pereira de Lima (PE) na derrota por 1 a 0 para o Santos, o presidente da Comissão de Arbitragem da entidade, Wilson Seneme, discordou dos vascaínos.
Em vídeo divulgado nesta terça-feira (16) com análise dos três pênaltis pedidos pelo Cruz-Maltino, Seneme concordou com a decisão do árbitro em dois deles. E, no terceiro, afirmou que o lance com Pedro Raul, o que gerou mais indignação por ser aos 44 do segundo tempo, era interpretativo.
O presidente da comissão, então lembrou que, neste último caso, o VAR não poderia interferir na interpretação do árbitro do campo.
"É uma jogada extremamente fina. Minha intenção não é convencer todo mundo. É uma jogada interpretativa. É possível a interpretação de falta. Por que o VAR não chamou para uma revisão? A comunicação do árbitro é de interpretação de que não houve força suficiente no contato para o jogador cair. Não observamos um grande choque. Houve contato. Respeito a interpretação", explicou Seneme.
No áudio com o VAR, Rodrigo José Pereira de Lima diz que não houve "contato do defensor no pé. Na parte de cima, contato normal. Ele (Pedro Raul) já está caindo".
O primeiro pênalti reclamado pelo Vasco foi aos 20 minutos de jogo, em um toque na mão dentro da área por um defensor do Santos, após cabeçada de um companheiro de time na disputa pelo alto. O VAR concordou com a não marcação do campo: "zagueiro cabeceia na mão do defensor. Pode seguir".
Já o segundo, aos 17 da segunda etapa, também foi de mão na bola, desta vez em cabeçada de Pedro Raul que tocou em Joaquim. Mais uma vez, o VAR não divergiu do árbitro: "bola não mão. Bate rebate, mão de disputa. Pode seguir".