Publicado 05/07/2024 16:31
Rio - Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, 5, o presidente Pedrinho revelou que foi informado que a 777 Partners não é mais controladora do futebol de nenhum de seus clubes. O mandatário conversou com a A-CAP, seguradora que agora controla a 777, e disse que ela não tem interesse em tocar o futebol do Cruz-Maltino. As partes, de acordo com ele, já tiveram uma reunião e buscarão um novo investidor para o Gigante da Colina.
Publicidade"Eu fui informado pela A-CAP que a 777 não é mais controladora do futebol, não é mais controladora de nenhum time de futebol nesse momento. Eles, através do Josh e sua diretoria, foram destituídos sobre o controle do futebol. Isso prova para muitas pessoas que bateram demais na questão da liminar que nós estávamos completamente corretos. Não interpretem como arrogância, mas nós salvamos o Vasco de uma massa falida, que isso fique claro. Como nós já tínhamos previsto isso, conseguimos estruturar para que não acontecesse o pior sobre o controle que a gente tem do Vasco (SAF)", disse Pedrinho.
"Muitas pessoas poderiam acreditar que nós, na minha figura, queríamos e desejávamos isso. Nunca foi minha intenção nem de ninguém da minha gestão que chegássemos a esse ponto. O que nós gostaríamos é que tivéssemos um sócios que respeitasse todos os critérios dessa sociedade e que o Vasco estivesse tranquilamente voando em todos os aspectos. O que foi feito foi muito acertado, me orgulho muito de ter tido uma coragem dessa num momento tão difícil. Com relação à A-CAP, eles vieram ao Brasil, tivemos uma reunião, que foi muito cordial. Eles não têm interesse em tocar o futebol. Com isso, obviamente, a relação ficou muito melhor. Tivemos mais ou menos 2h30, 3h de reunião para, juntos, buscarmos um novo investidor", completou.
Na reunião, o presidente do Vasco passou o cenário da SAF para a A-CAP. Pedrinho ainda pregou calma na busca pelo novo investidor e destacou a importância de saber quem fará parte do Cruz-Maltino.
"Primeiro ponto foi passar o cenário financeiro para A-CAP. Alguns descumprimentos do ex-sócio e a realidade financeira. Além da realidade financeira que entregamos para eles, e eles vão avaliar acho que em duas semanas, nós somos muito justos. Se nós quiséssemos uma relação ruim, nós deixaríamos tocar, porque a gente sabe que por todo o cenário, descumprimento, o rombo financeiro... Não existiria mais nada para fazer. A gente estaria muito tranquilo, mas a gente não quer isso. A gente quer um acordo amigável, onde não haja nenhum prejuízo financeiro para a A-CAP, que era a maior credora da 777", contou Pedrinho.
"Como eles foram cordiais e gentis, a gente espera que a relação termine também de uma forma boa para todos os lados. Eles vão dar um retorno para a gente. A busca por um novo investidor não é somente financeira, porque isso é o que a gente mais tem recebido do mercado. A busca é saber quem vai fazer parte da instituição Vasco da Gama, para que a gente não cometa o mesmo erro que foi cometido. Conversei com alguns investidores, mas a gente tem que ter muita calma neste momento", prosseguiu.
A 777 Partners assumiu a SAF do Vasco em 2022. Entretanto, em maio, a diretoria do Vasco entrou com uma ação cautelar na Justiça contra a empresa. O movimento do clube associativo visou evitar uma futura penhora das ações que pertencem ao grupo estadunidense.
No mesmo dia, 15 de maio, a 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro aceitou o pedido em caráter liminar. Dessa forma, a decisão tirou o controle da SAF do Vasco das mãos da 777 Partners.
O futebol, então, passou a ser comandado pela associação. A 777 Partners já tentou suspender a liminar, mas o pedido foi negado.
"Para quem dizia que a ação causaria uma instabilidade jurídica, pelo contrário. Ela trouxe uma estabilidade. jurídica. Para passar o cenário ao mercado, o Vasco tem uma estabilidade jurídica daqui para frente. Isso é uma ótima notícia. O que a gente vai ter com o clube é a responsabilidade", destacou Pedrinho.
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