Fábio Carille mostrou ter ficado insatisfeito com a atuação do Vasco durante os 90 minutosDikran Sahagian / Vasco

Fortaleza - Técnico do Vasco, Fábio Carille analisou a derrota por 2 a 1 para o Ceará, nesta terça-feira (15), no Castelão, pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. Em entrevista coletiva, o comandante mostrou ter ficado insatisfeito com a atuação do time durante os 90 minutos. 
"O que mais me incomodou foi a postura. Temos que saber onde estamos. Muito ruim. Melhoramos um pouquinho no segundo tempo, mas o primeiro tempo principalmente. Um jogo lento. Não tratamos como uma decisão, como tem que ser. Toda rodada tem uma decisão", iniciou o treinador.
"Perder faz parte, mas da forma que perdeu, me incomoda demais. E repetindo, o respeito por essa agremiação, por essa equipe, tem que ser muito maior. Temos que fazer mais dentro de campo", complementou. 
O Cruz-Maltino viu Pedro Raul balançar a rede duas vezes para abrir vantagem no placar. No fim, Vegetti marcou de cabeça, mas não foi suficiente para impedir o revés fora de casa. 
Carille também comentou a ausência de Coutinho, que ficou de fora do confronto por precaução. "Eu nem sei se caso ele estivesse em campo hoje seria legal. Nossa saída foi muito ruim, lenta, facilitou para quem estava marcando. Precisamos acelerar mais atrás para que as movimentações na frente sejam melhores, e nossos meias e atacantes consigam receber em boas condições", ponderou.
Agora, o técnico iniciará a preparação do elenco para o clássico com o Flamengo, sábado (19), às 18h30 (de Brasília), no Maracanã, pela quinta rodada. O Vasco é o 6º colocado na tabela, com seis pontos. 

Confira outras respostas de Fábio Carille

. Entrada de Alex Teixeira na vaga de Payet: "Alex não é um meia-armador, é um meia-atacante. O Payet é um cara que ajuda na bola parada. Poderia até tirar ele mais para o final, não naquela altura do jogo. É um jogador com muita qualidade, que estava tentando, mesmo a equipe não estando bem. Perdemos um pouquinho com ele (Alex) ali". 
. Sequência de jogos: "Estou nessa sequência com esse grupo faz pouco tempo. Jogadores que não estão acostumados com o nosso futebol, caso de Nuno, de Garré, que eu já senti no primeiro tempo que estavam pesados, não estavam conseguindo fazer o seu melhor. Já estão comigo há um pouco mais de um mês, e eu já sei o que podem ser. É algo que vai trazer preocupação, sim. Jogamos contra a equipe da Venezuela, jogamos sábado, o Ceará, por exemplo, não jogou no meio da semana passada e vai acumulando. Só que não temos saída. E que eu costumo dizer, quando você não tá bem tecnicamente no jogo, o adversário também não pode jogar".
"Poderíamos ter sido melhores nas nossas decisões nos dois gols tomados. Tem dia que vai ser assim mesmo, mas aí eu tenho que ser ferrado sem a bola, não dar chance. Eu não vou conseguir fazer lá também, não toma aqui. A postura assim, é essa leitura. Se eu errar, que erre para frente, não é jogando de lado, jogando para trás. Incomodou demais. Foi chamada a atenção no intervalo e foi chamada atenção no final agora. Fazer como aprendizado para que não possa acontecer mais".
. Saída de bola: "Muito lenta. O Ceará deixando nossos zagueiros com a bola e nós fazendo o jogo muito para trás. Meia apareceu, tem que jogar. E ficamos com esse jogo para o lado, para o Léo, sendo que tinha situações para fazer para frente".
. Postura do Ceará: "Surpresa não teve, a mesma ideia do Léo Conde que está desde o ano passado no trabalho. Eu o enfrentei pelo Santos. No Ceará, ano passado, era o Saulo que jogava como atacante diferente do Pedro Raul, ele é mais de retenção. O Saulo é de mais velocidade, eu o acompanho desde o Japão. É um time bem treinado, que jogou de lado e com muito cruzamento buscando seus atacantes".