Ex-diretor de futebol do Vasco, Marcelo Sant'Ana disse que fazia apenas trabalhos burocráticosReprodução de vídeo

Um dos alvos de críticas da torcida pela montagem do elenco, o ex-diretor executivo de futebol do Vasco, Marcelo Sant'Ana despediu-se do clube e se defendeu após a demissão. Em um texto postado nas redes sociais, o dirigente lamentou a ausência de títulos, exaltou as campanhas até a semifinal na Copa do Brasil e no Brasileirão de 2024, e afirmou que não tinha poder para definir os alvos da contratação, apesar do alto cargo que tinha.
"Meu dia a dia foi cuidar da parte burocrática do futebol: negociação dos contratos, evoluir os processos, cuidar da folha salarial, da gestão das pessoas, da logística, das categorias de base (...) Não cabia a mim definir os nomes ou os perfis dos atletas ou dos funcionários que seriam contratados ou dispensados", escreveu.
O Vasco optou por fazer mudanças no departamento de futebol além de apenas contratar o técnico Fernando Diniz. Com a demissão de Marcelo Sant'Ana, o sonho do presidente do clube, Pedrinho, é contratar Rodrigo Caetano para ser o novo diretor de futebol.
Existia também a possibilidade de levar Felipe para as categorias de base, mas, em princípio, ele seguirá como diretor técnico.

A despedida de Marcelo Sant'Ana

"A minha despedida é cheia de gratidão
Obrigado ao @vascodagama pela oportunidade de vestir a Cruz de Malta e representar a tua imensa torcida por 10 meses. Obrigado por cada momento no Rio, em São Januário e de Norte a Sul deste país. Atletas, staff e torcida: vocês foram a minha família futeboleira enquanto minha família de sangue continuou em Salvador.
Queria ter gritado junto “é campeão”. É a primeira vez que deixo um clube sem essa alegria. Esportivamente, fico feliz pela melhor campanha (semifinal) na Copa do Brasil desde 2011, pela melhor campanha na Série A desde 2017 e pela volta aos torneios sul-americanos após cinco anos. Pouco para uma linda história, mas o possível pelo tempo e pelo contexto que levou a SAF e o Clube à recuperação judicial. Foram 59 jogos com 22 vitórias, 17 empates e 20 derrotas.
Meu dia a dia foi cuidar da parte burocrática do futebol: negociação dos contratos, evoluir os processos, cuidar da folha salarial, da gestão das pessoas, da logística, das categorias de base (semana passada, o Vasco conquistou a Copa do Brasil Sub-17 e, este ano, voltou a disputar os Brasileiros Sub-20 e Sub-17) e do futebol feminino (ganhamos o Brasileiro A3 e criamos as categorias Sub-20 e Sub-17). Não cabia a mim definir os nomes ou os perfis dos atletas ou dos funcionários que seriam contratados ou dispensados.
Agradeço a confiança de todos que sempre me apoiaram, em especial, ao Presidente Pedrinho e ao CEO Carlos Amodeo, nossas lideranças. Obrigado, @vascodagama".