O biólogo Ricardo Gomes planta a muda de número 30,5 mil dias antes de viajar para a ONU e falar do projeto Guanabara VerdeInstituto Mar Urbano - Redes Sociais

Guapimirim – Ao menos 30,5 mil mudas de mangue foram plantadas na Área de Proteção Ambiental (APA) Guapimirim no período de um ano e meio, ocupando uma área de mais de 12 hectares. A iniciativa faz parte do projeto Guanabara Verde, promovido pela ONG Guardiões do Mar, em parceria com o Instituto Mar Urbano e com a Cooperativa Manguezal Fluminense e que conta com o apoio financeiro da empresa OceanPact.
O Guanabara Verde foi reconhecido como um ‘case’ de sucesso e apresentado durante a edição de 2023 da Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre a Água, que aconteceu em Nova Iorque, nos Estados Unidos, entre os dias 22 e 24 de março por ocasião do Dia Mundial da Água, celebrado no dia 22 do mês passado.
O projeto foi considerado bem-sucedido devido ao impacto positivo no meio ambiente, em especial na Baía de Guanabara, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. No último dia 13 de março, o projeto Guanabara Verde plantou a muda de mangue de número 30,5 mil. O fato aconteceu 10 dias antes da apresentação às Nações Unidas.
“(...) A gente está com uma arvorezinha que a gente plantou, uma mudinha desse tamanho que a gente plantou há um ano e meio e hoje está com mais de dois metros e meio de altura. Então, não é apenas uma árvore de mangue na Baía de Guanabara. É mais uma árvore de mangue no planeta. Esse é o Guanabara Verde, que já vai para uma nova etapa de um milhão de árvores. E na Conferência da Água da ONU, a gente vai levar o nosso ‘case’ para mostrar que é possível, que tem jeito, que tem esperança e que é só a gente tocar o coração do capital e sensibilizar. Essa é a nossa prova viva de que sim, um dia a gente destruiu, mas um dia a gente pode ir lá e reconstruir tudo que a gente destruiu. A gente tem os meios e as condições. Falta agora é ação. É pegar um pedacinho do dinheiro e agir para interromper as mudanças climáticas, lutar contra a perda da biodiversidade marinha”, manifestou o biólogo Ricardo Gomes nas redes sociais.
O referido projeto surgiu em 2021 e foi inspirado no gesto de Nina, uma criança que tinha 3 anos de idade em 2020 e que apareceu ao lado do pai, o biólogo Ricardo Gomes, catando plástico na Praia de Copacabana, na Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro. Atualmente, ela tem 6 anos e é embaixadora do Guanabara Verde.
Mais do que uma importante unidade de conservação federal, a APA Guapimirim é um pedaço da Baía de Guanabara que resiste à devastação humana e compreende os municípios de Guapimirim, Itaboraí, Magé e São Gonçalo. Popularmente chamada de Pantanal Fluminense, é também o lar de golfinhos, caranguejos, cavalos marinhos, colhereiros-rosa, jacarés-de-papo-amarelo e cobras, por exemplo.