Imagem ilustrativa do aplicativo JaéFoto: Jaé - Reprodução

Guapimirim – Moradores de outros municípios fluminenses que trabalham na cidade do Rio de Janeiro talvez precisem ter o Jaé, caso seja necessário utilizar o transporte municipal na capital. O novo sistema de bilhetagem da prefeitura carioca foi lançado no último dia 18 de julho, e ainda pairam muitas dúvidas acerca disso. O DIA, então, resolveu fazer uma matéria explicativa com foco nesse perfil de usuários de transportes públicos.
De antemão, é preciso deixar claro que o RioCard continuará existindo e será usado em ônibus e vans intermunicipais, trem, metrô, barcas e ônibus de outras cidades. Na Cidade Maravilhosa, futuramente será usado nos transportes municipais cariocas juntamente com o Jaé. Mas isso no caso de passageiros que utilizarem um transporte controlado pela Prefeitura do Rio e pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro e vice-versa.
O Jaé só será obrigatório a partir de 1º de fevereiro de 2024. A partir dessa data, o RioCard não será mais aceito em ônibus e vans municipais, cabritinhos (kombis) nem no BRT e VLT. Como dito acima, o RioCard só será aceito como complemento, sendo passado junto ao Jaé para garantir o uso da função Bilhete Único
Para facilitar o entendimento dos leitores, a reportagem apresenta algumas situações hipotéticas:
Exemplo 1A: imagine que um morador de Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, queira ir até Copacabana, na Zona Sul do Rio. Se a viagem for feita de ônibus ou van, por exemplo, terá de utilizar o RioCard em Guapimirim. Ao descer no Centro do Rio e pegar um ônibus municipal até Copacabana, terá de pagar a passagem passando RioCard e o Jaé para obter o desconto pela função Bilhete Único.
Na volta, ocorre o oposto: de Copacabana até o Centro do Rio, terá de passar o RioCard e Jaé e o RioCard na catraca. Já para pegar o ônibus para Guapimirim bastará passar o RioCard.
Exemplo 1B: com base nos locais de ponto de partida e de destino do exemplo 1A, o passageiro poderá pegar um ônibus de Guapimirim ao Centro do Rio, passando apenas com o RioCard. E da capital fluminense, em vez de pegar um ônibus poderá optar pelo metrô até Copacabana. Desse modo, passará tão somente o RioCard outra vez. O mesmo princípio é válido para o caminho inverso.
Exemplo 2: Imagine que um morador de Guapimirim queira ir até Niterói. Terá de pegar um ônibus até Magé ou até o Rio, utilizando o RioCard. Depois terá de pegar outro ônibus até Niterói, também pagando a passagem com o RioCard. O mesmo vale no caminho de volta para casa.
Note-se que nesse caso não se usou o transporte municipal administrado pela Prefeitura do Rio de Janeiro, por isso o Jaé não foi necessário.
Exemplo 3A: Imagine que uma pessoa esteja em Irajá e queira ir até o Centro do Rio de ônibus municipal. Nesse caso, bastará pagar a passagem com o Jaé. No caminho inverso, ocorre o mesmo.
Exemplo 3B: Com base nos locais de partida e de destino do exemplo 3A, imagine que o passageiro opte ir de metrô de Irajá até o Centro do Rio. Nesse caso, a tarifa deverá ser paga com o RioCard, já que esse transporte é controlado pelo governo fluminense, não pela Prefeitura do Rio. O mesmo vale para o itinerário oposto.
Outras informações
O Jaé e o RioCard são sistemas de cobrança de passagem independentes. O primeiro é gerido pela Prefeitura do Rio. O segundo atende aos transportes controlados pelo governo estadual e por municípios conveniados. O saldo do RioCard não poderá ser transferido para o Jaé e vice-versa.
O Jaé manterá o benefício do Bilhete Único Municipal – não confundir com o Bilhete Único Intermunicipal, do governo estadual –, ao permitir que a segunda viagem seja gratuita ou com desconto num determinado intervalo de tempo.
É possível ter um cartão físico do Jaé ou virtual na forma de aplicativo para celular, em que o passageiro consiga pagar a passagem por meio de QR Code. Os créditos poderão ser adquiridos por pix, boleto bancário ou cartão de crédito e débito.
Para utilizar o RioCard junto ao Jaé, será preciso vincular o cartão RioCard ao do Jaé para poder obter isenção ou desconto nas viagens.
Cronograma
O Jaé terá três etapas de implementação. A primeira começou no último dia 19 de julho e vai até o próximo dia 31 de outubro. Nesse período, o Jaé só está sendo aceito nas estações de BRT. O RioCard poderá ser usado sem problemas.
A segunda etapa vai de 1º de novembro até 31 de janeiro de 2024. Nesse período, o Jaé será aceito nos demais transportes municipais – ônibus, vans, cabritinhos e VLT. O RioCard ainda será aceito sem problemas.
A terceira etapa e última etapa terá início em 1º de fevereiro de 2024. A partir dessa data, o RioCard não será mais aceito nos transportes municipais cariocas, exceto se for usado junto com o Jaé para obter o desconto ou isenção da segunda viagem no caso de passageiros de outras cidades que utilizarão numa dessas viagens um transporte municipal e intermunicipal ou controlado pelo governo estadual.
A partir de fevereiro do ano que vem, em caso de viagem com transportes sob o controle da Prefeitura do Rio e do Governo do Estado do Rio de Janeiro, no transporte público carioca, será necessário passar na mesma catraca o RioCard primeiro e em seguida o Jaé.
Embora não seja urgente adquirir o Jaé agora, o cartão pode ser adquirido em estações do BRT, alguns postos de atendimento ou créditos para o cartão virtual por meio de aplicativo. Será preciso fazer cadastro no site dessa nova bilhetagem (clique aqui).
Em breve, será divulgado o cronograma para obtenção do cartão de gratuidade do Jaé para estudantes da rede municipal de educação, idosos e pessoas com deficiência.
Para baixar o Jaé em celular Android, clique aqui.
Para baixar o Jaé em celular iOS, clique aqui.