Guapimirim – Dois dos cinco eleitos para o conselho tutelar de Guapimirim, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, correm o risco de não assumir, pois o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) contesta judicialmente nove candidaturas, ao alegar que as experiências profissionais apresentadas por eles estariam incompatíveis com as exigências do cargo e realizadas em estabelecimentos não credenciados perante o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) de Guapimirim. São eles: Márcia Rodrigues Araújo (Márcia Araújo), que recebeu 678 votos e é a primeira colocada; e Geovani Alves da Silva (Geovani Alves), que obteve 536 votos e ficou em terceiro lugar.
Márcia Araújo, por exemplo, apresentou declaração por ter exercido a função de auxiliar administrativa no setor de saúde mental de Guapimirim, no extinto Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPSad), entre 2016 e 2018.
Geovani Alves apresentou declaração de atuação como monitor de natação para crianças e adolescentes, entre 2017 e 2020, quando trabalhava na Secretaria Municipal de Esporte e Lazer de Guapimirim.
Todos os nove candidatos réus na ação civil pública ingressada pelo MPRJ tiveram suas candidaturas impugnadas pela 1ª Vara da Comarca de Guapimirim, no último dia 26 de setembro, conforme noticiado pelo DIA, mas a decisão cabe recurso.
Ao todo, 25 candidatos disputaram as cinco vagas disponíveis para o conselho tutelar de Guapimirim. Os demais eleitos são: Laudicéia Falcão, que recebeu 547 votos e ficou em segundo lugar; Bel, que recebeu 497 votos e ficou na quarta colocação; e Graça, que logrou 444 votos e a quinta posição.
Dos cinco suplentes – ou seja, que ficarão na reserva em caso de impedimento definitivo de algum dos titulares –, três estão entre os alvos da referida ação judicial. São eles: Luiz Bruno do Nascimento Pereira (Bruno Nascimento), que conquistou 430 votos e a primeira suplência; Sara Irlaini Torres Carvalho (Sara Torres), que obteve 402 votos e a segunda suplência; e Samanta Quintanilha Silva (Samanta – Enfermeira), que registrou 343 votos e a quinta suplência.
Bruno Nascimento preencheu um formulário no qual declara atuar de forma profissional ou voluntária no Centro Integrado de Neuropsiquiatria Infantojuvenil de Guapimirim desde 2021.
Sara Torres apresentou declaração de atuação como assistente social no conselho tutelar de Guapimirim, estando vinculada à Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos desde 2021. O projeto dela também não está inscrito no CMDCA.
Samanta – enfermeira apresentou declaração de ter trabalhado como técnica de enfermagem no Hospital Municipal José Rabello de Mello, em Guapimirim, entre 2006 e 2014, nos setores de pediatria, berçário e clínica médica.
Um total de 6.969 eleitores guapimirienses participou da votação para escolher os futuros conselheiros tutelares, cujos mandatos vão de 2024 a 2028. O processo eleitoral ocorreu em 18 locais, sendo 16 escolas e creches da rede municipal de ensino, um colégio da rede estadual de educação e um posto de saúde da rede municipal.
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