Deputado Daniel Silveira (PSL) - BETINHO CASAS NOVAS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Deputado Daniel Silveira (PSL)BETINHO CASAS NOVAS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Por O Dia
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a abertura de um inquérito para investigar o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) por suposto desacato e crime de infração de medida sanitária preventiva, atendendo a uma solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR), nesta sexta-feira (19).

Após ter sido preso pela Polícia Federal na terça (16), Daniel Silveira foi levado ao Instituto Médico Legal (IML) no Rio de Janeiro. Ele fez resistência para não utilizar a máscara e discutiu com uma policial civil que trabalha no local.

Daniel Silveira disse à agente, apontando o dedo em direção a ela, que, se fosse orientado a usar a máscara mais uma vez, ele não colocaria o material de proteção. A policial manteve o tom de voz firme e insistiu que ele usasse a máscara. No final, ele acatou a ordem.

Alexandre de Moraes enviou um ofício à PGR para a adoção de “providências cabíveis” em relação ao caso. O inquérito foi solicitado pelo vice-procurador-geral Humberto Jacques de Medeiros.
Daniel Silveira foi preso por apologia ao AI-5
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O deputado foi preso em flagrante após ter divulgado um vídeo defendendo a destituição de ministros do STF - o que é inconstitucional - e fazer apologia ao Ato Institucional 5 (AI-5), que foi um instrumento de repressão feito no período mais duro da ditadura militar.

Nesta sexta (19), a Câmara dos Deputados decidiu por 364 votos a 130 por manter Daniel Silveira preso. Durante a sessão, o deputado pediu desculpas e disse que se excedeu.
Votando a favor da manutenção da prisão, a relatora do caso disse que ele usou o mandato para “atacar a democracia” por meio do discurso de ódio.