Diversos quadros retratam a história da artista e da cidade de Itaguaí.Foto: Hélen Jordana

A Casa de Cultura Marise Moreira de Brito, localizada no Centro de Itaguaí, recebe entre os dias 22 de setembro a 6 de outubro, a exposição ‘Itaguaí- onde as culturas de encontram’, da artista Hélen Jordana. A entrada é gratuita.
A ideia para a exposição "Itaguaí - Onde as Culturas se Encontram" teve origem em um desejo profundo de explorar e celebrar a rica diversidade cultural que moldou esta cidade ao longo dos anos. Itaguaí é um lugar repleto de histórias, influências e tradições que se entrelaçaram ao longo do tempo, criando uma arte única de identidades culturais.
A artista têxtil possui uma forte conexão com a cidade e suas raízes culturais, teve a visão de capturar essa riqueza em suas obras. A ideia começou a tomar forma quando ela se deparou com o patrimônio cultural de Itaguaí, uma herança que inclui elementos da cultura indígena, africana, japonesa, portuguesa, nordestina e muitas outras influências. Ela sentiu a necessidade de compartilhar essa história multifacetada com o público, de uma maneira que fosse cativante e acessível.
Com isso, surgiu a inspiração para usar a técnica do Quilting Livre, uma forma de arte têxtil que permite contar histórias por meio de tecidos, linhas e texturas
- Vi na exposição uma oportunidade de destacar o papel fundamental de Itaguaí como um ponto de encontro de diferentes culturas. A cidade sempre foi um lugar de intercâmbio cultural, onde diversas identidades se fundiram para criar uma única. A exposição ‘Itaguaí - Onde as Culturas se Encontram’ é uma homenagem a essa diversidade e uma celebração das conexões que se formaram ao longo do tempo-, explica a artista.
Na sala 1, o público terá nove quadros para conhecer a arte e a história cativante não apenas de Itaguaí, mas principalmente da artista.
Sobre Hélen Jordana
Hélen Jordana é uma artista autodidata cujo amor pela costura foi despertado desde a infância, quando passava suas tardes observando sua avó habilmente confeccionando tapetes de retalhos em uma velha máquina de costura. Esses momentos a deixaram intrigada: como sua avó, que não sabia ler, conseguia criar verdadeiras obras de arte com tecidos?
Em 2013, quando seu esposo foi transferido a trabalho do Rio de Janeiro para Salvador, na Bahia, Hélen se encontrou em uma nova cidade, sem emprego, amigos ou familiares por perto. Nesse período de isolamento e desafios, ela mergulhou em uma profunda depressão. Foi durante uma visita a uma banca de jornal no Largo 2 de Julho, no coração da cidade de Salvador, que uma revista de cartonagem chamou sua atenção. Esse foi o ponto de partida para seus primeiros passos na produção de bolsas artesanais e caixas em cartonagem.
Em 2020, deu início a uma transição do artesanato para a Arte Têxtil, mergulhando profundamente na técnica do Quilting Livre. Sob o olhar atento e determinado da artista, o fio da tradição familiar se entrelaça com a inovação artística, criando uma jornada única e inspiradora que nos leva das costuras simples de sua avó à exploração ousada da Arte Têxtil. Ela é uma artista que nos lembra que a criatividade e a paixão podem nos guiar para novos horizontes, mesmo nos momentos mais desafiadores da vida.
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