Polícia Federal realiza mandado de busca e apreensão na casa de ex-prefeito, Rubem Vieira (PODEMOS).Foto/Divulgação

Na manhã desta quarta-feira (16), a Polícia Federal deflagrou a Operação Teatro Invisível II para desarticular uma organização criminosa suspeita de obstrução da justiça, caixa dois, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro. Um dos investigados é Rubem Vieira (PODEMOS), conhecido como Rubão, prefeito eleito de Itaguaí, que busca reverter julgamento do TSE. A polícia Federal nesta manha esteve em sua casa no Centro de Itaguaí para cumprir mandado de busca e apreensão.

Foram cumpridos 10 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos investigados nas cidades de Cabo Frio/RJ, Itaguaí/RJ, Mangaratiba/RJ, Rio de Janeiro/RJ e Juiz de Fora/MG. A Justiça determinou ainda o bloqueio de cerca de R$ 3,5 bilhões das contas dos investigados e a suspensão das atividades de oito empresas.

A ação é desdobramento da primeira fase da Operação Teatro Invisível, deflagrada em 12 de setembro de 2024, e decorre da análise do material então apreendido. As investigações apontam que o grupo destruiu provas armazenadas, principalmente, em meios digitais, para evitar a responsabilização criminal de seus membros.
Também foram identificados indícios de uso de recursos não declarados à Justiça Eleitoral para beneficiar candidatos nas eleições de 2024. Parte dos investigados seria proprietária de empresas envolvidas em fraudes licitatórias nos municípios de Cabo Frio, Itaguaí, Mangaratiba e São João de Meriti/RJ.

Além disso, surgiram novas provas de lavagem de dinheiro, com transações ilegais por meio de contas de passagem, uso de dinheiro em espécie, empresas com intensa movimentação financeira e aquisição de bens de alto valor.