Poço Bento, em MagéDivulgação

Magé - Um dos locais mais emblemáticos da fé popular fluminense está prestes a ser oficialmente reconhecido como patrimônio do Estado do Rio de Janeiro. A Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj) aprovou, em segunda discussão nesta quarta-feira (09/04), o Projeto de Lei 4.638-A/2025, de autoria do deputado estadual Vinicius Cozzolino (União), que declara o Poço Bento, localizado no bairro da Piedade, em Magé, como patrimônio material histórico, cultural e religioso do estado. O texto segue agora para sanção do governador Cláudio Castro.
Segundo relatos históricos, o Poço Bento teria surgido em 1565, quando o Padre José de Anchieta fez brotar água do solo com seu cajado, em resposta à escassez hídrica que afetava os moradores da região. O local, desde então, tornou-se um importante ponto de peregrinação, fé e identidade cultural.
“Esse reconhecimento é um ato de respeito à nossa história, à religiosidade popular e ao valor simbólico que o Poço Bento representa para Magé e para todo o estado. Preservar esse espaço é preservar a nossa memória e a nossa cultura”, destacou o deputado Vinicius Cozzolino.
O Poço Bento reúne elementos que reforçam seu valor histórico e espiritual, como uma capela dedicada a São José de Anchieta, um altar ao ar livre, um painel ilustrativo e uma bomba manual, que facilita o acesso à água, considerada por muitos como portadora de propriedades curativas.
A nova legislação garante a preservação do espaço, sem impedir a realização de obras, reformas ou melhorias, desde que respeitadas as normas legais de proteção do patrimônio histórico.