Debate sobre justiça hídrica e energética nas favelas em MesquitaCESAR DE OLIVEIRA
Mesquita debate justiça hídrica e energética em comunidades carentes
Objetivo do encontro foi estimular a troca de experiências, ouvir os moradores e visar propostas de solução
Mesquita foi palco de um debate sobre questões de água e luz em comunidades carentes. A atividade faz parte do projeto “Pesquisando e Monitorando a Justiça Hídrica e Energética nas Favelas”. O objetivo do encontro foi estimular a troca de experiências, ouvir os moradores e visar propostas de solução às problemáticas no assunto.
Em Mesquita, os bairros que participaram do estudo foram Coreia, Cosmorama e Jacutinga. Por isso, na ocasião, foram apresentados os dados obtidos na pesquisa sobre os desempenhos hídricos e energéticos nesses locais.
A pesquisa do projeto foi feita por 30 jovens de 15 lideranças das comunidades participantes, incluindo alguns do próprio município. Caso de Luiz Miguel, que mora na Coreia. “Alguns quesitos que analisamos na pesquisa foram o acesso, a qualidade e a eficiência da água. E, igualmente, os mesmos aspectos relacionados à luz”, explica o jovem.
Marcaram presença representantes do poder executivo, como da Subsecretaria Municipal de Assistência Social e da Secretaria Municipal de Saúde de Mesquita. “É importante trabalhar em conjunto com outros agentes para ajustar os impasses e, assim, caminhar rumo às melhorias. Essa também foi uma chance de estar próximo dos munícipes e ouvir suas demandas”, aborda o coordenador de Vigilância Epidemiológica do município, Silvio Diniz.
O Projeto
Realizado entre março e setembro de 2022, o curso “Pesquisando e Monitorando a Justiça Hídrica e Energética nas Favelas” foi pensado por instituições da sociedade civil. A idealização focou no âmbito das discussões do Painel Unificador das Favelas e da Rede Favela Sustentável, ambas iniciativas realizadas por uma rede de coletivos comunitários e articuladas pelas Comunidades Catalisadoras (ComCat).
“Nesse projeto, participam várias favelas do Rio de Janeiro, contando com algumas da Baixada Fluminense. A intenção é dar o retorno para a população a partir de um ponto de vista mais técnico e, ainda, buscar as devidas soluções. A gente também quis elaborar um recurso para os jovens, que foram capacitados e estimulados para focar na pesquisa”, conta Ana Leila, que faz parte do projeto e mora na Jacutinga.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.