Estados Unidos - O Brasil está isento da sobretaxa de 25% que o presidente americano Donald Trump decidiu aplicar sobre o aço que entra nos Estados Unidos. Mas, por enquanto, a medida é válida por 30 dias. A continuidade precisa ser negociada.
Por isso, o setor considera "imprescindível" que o presidente Michel Temer telefone para Trump e peça a exclusão definitiva do Brasil da lista de taxados. O executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo Mello Lopes, disse que Temer garantiu que o telefonema já está agendado.
México, Argentina, Austrália, Canadá e Coreia do Sul, além dos integrantes da União Europeia (UE) também estão livres, por enquanto, das tarifas sobre o aço e sobre o alumínio (10%).
As tarifas impostas pelo governo do presidente Donald Trump, em 8 de março, despertou temores de uma guerra comercial generalizada.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pretende ir a Washington e reforçar contatos com parlamentares americanos.
Os esforços para liberar o aço da sobretaxa prosseguem. O Instituto contratou um escritório, o Steptoe & Johnson, para lhe dar apoio jurídico em Washington. E empresas exportadoras brasileiras já contataram 100% de seus clientes nos Estados Unidos e pediram a eles que ingressem com pedidos de exclusão dos produtos brasileiros da sobretaxa.
O setor de aço e alumínio do Brasil emprega 200 mil pessoas e vende um terço das exportações para os EUA. Em 2017, o aço exportado aos norte-americanos totalizou 4,7 milhões de toneladas, o que gerou uma receita de US$ 2,63 bilhões.
