Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou na noite desta sexta-feira que os Estados Unidos atacaram a Síria. Trump disse que a ofensiva ao país foi coordenada com a França e o Reino Unido. Em comunicado na Casa Branca, ele reafirmou que a advertiu Rússia e Irã por seus laços com a Síria. A autorização dos ataques ocorre uma semana após relatos de ONGs da Síria de um ataque químico a civis na cidade de Douma, reduto rebelde próximo de Damasco. Ao menos 70 pessoas teriam morrido na ação, que é negada pelo presidente Bashar Al Assad.
"Ordenei às forças armadas dos Estados Unidos que lancem ataques de precisão contra alvos associados à capacidade de armas químicas do ditador Bashar Al Assad", disse Trump em discurso à Nação na Casa Branca. Rússia e Irã, pontuou Trump, são "responsáveis por apoiar, equipar e financiar o regime criminoso" da Síria. Por isso, a Rússia "descumpriu suas promessas" de impedir que o governo de Assad use armas químicas, acrescentou. O ataque terminou por volta das 23h20, segundo o Pentágono, não há previsão de novas ofensivas.
Várias explosões foram ouvidas na capital Damasco. Os ataques atingiram bases militares e centros de pesquisa, A TV estatal síria também reportou os ataques americanos e anunciou que o país reagiu com defesas antiaéreas. Ainda não há informações sobre o número de mortos e feridos.
Segundo Trump, os ataques do regime sírio são "crimes de um monstro". A primeira-ministra britânica, Theresa May, disse que não havia alternativa ao uso da força na Síria. "Esta noite autorizei as Forças Armadas britânicas a realizar bombardeios coordenados e dirigidos para degradar as capacidades de armas químicas do regime e impedir seu uso", declarou. O presidente francês Emmanuel Macron afirmou que ataque na Síria está "circunscrito às capacidades do regime sírio sobre armas químicas". "Não podemos tolerar a banalização do uso destas armas, explicou o presidente em um comunicado.
'Mensagem clara'
O secretário americano da Defesa, general Jim Mattis, declarou que Washington enviou "uma mensagem clara" ao líder sírio, Bashar Al Assad, diante do uso de uma arma química no sábado passado na região de Duma.
Mattis afirmou que chegou o momento de a comunidade internacional se unir para acabar com o banho de sangue que se arrasta há vários anos na Síria. "É o momento de as nações civilizadas se unirem com urgência para acabar com a guerra civil, apoiando o processo de paz liderado pelas Nações Unidas", declarou o general durante entrevista coletiva no Pentágono.
Momentos antes do pronunciamento à Nação de Trump, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, que está em Lima participando da Cúpula das Américas, deixou repentinamente um banquete sem dar explicações e retornou ao hotel onde está hospedado, segundo jornalistas que o acompanham na viagem.
Mais cedo, a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, anunciou que os Estados Unidos tinham provas de que Assad havia de fato lançado o ataque com armas químicas na região de Duma. "Não direi quando tivemos a prova. O ataque ocorreu no sábado e sabemos que foi um ataque químico", disse Nauert à imprensa, em Washington, acrescentando que apenas alguns poucos países, como a Síria, tinham "esse tipo de armas".
A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, afirmou que a Rússia também era responsável pelo ocorrido porque "fracassou em impedir que ocorresse um ataque com armas químicas". O presidente americano manteve seguidas reuniões de consulta nos últimos dias com seus conselheiros militares e aliados no exterior para definir uma reposta às denúncias de ataque químico.
No Conselho de Segurança da ONU, António Guterres, fez também nesta sexta-feira um apelo dramático a agir com "responsabilidade" para evitar uma "escalada militar total" na Síria.
Momentos antes do pronunciamento à Nação de Trump, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, que está em Lima participando da Cúpula das Américas, deixou repentinamente um banquete sem dar explicações e retornou ao hotel onde está hospedado, segundo jornalistas que o acompanham na viagem.
Mais cedo, a porta-voz do Departamento de Estado, Heather Nauert, anunciou que os Estados Unidos tinham provas de que Assad havia de fato lançado o ataque com armas químicas na região de Duma.
"Não direi quando tivemos a prova. O ataque ocorreu no sábado e sabemos que foi um ataque químico", disse Nauert à imprensa, em Washington, acrescentando que apenas alguns poucos países, como a Síria, tinham "esse tipo de armas".
A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, afirmou que a Rússia também era responsável pelo ocorrido porque "fracassou em impedir que ocorresse um ataque com armas químicas".
O presidente americano manteve seguidas reuniões de consulta nos últimos dias com seus conselheiros militares e aliados no exterior para definir uma reposta às denúncias de ataque químico. No Conselho de Segurança da ONU, António Guterres, fez também nesta sexta-feira um apelo dramático a agir com "responsabilidade" para evitar uma "escalada militar total" na Síria.