Afegãos inspecionam o local de um atentado suicida em frente a um centro de registro de eleitores em Cabul.
 - AFP Photo/ Shah Marai
Afegãos inspecionam o local de um atentado suicida em frente a um centro de registro de eleitores em Cabul. AFP Photo/ Shah Marai
Por O Dia

Afeganistão - Subiu para 60 o número de civis mortos no atentado suicida em Cabul, na manhã deste domingo, contra um centro eleitoral. O ataque foi reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) em uma declaração realizada por sua agência de notícias Amaq, dizendo que tinha como alvo “apóstatas” xiitas. O episódio confirma os piores temores de violência para as eleições legislativas de outubro.

"Agora sabemos que o governo é incapaz de nos proteger", gritou um homem, Akbar, insultando o presidente, Ashraf Ghani, antes do canal Tolo News (privado) interromper a transmissão. "Morte ao governo", "morte aos talibãs", gritava a multidão ao seu redor, mostrando cédulas ensanguentadas e espalhadas pelo chão.

O Chefe de polícia de Cabul, Dawood Amin, declarou que o explosão ocorreu na entrada do centro eleitoral quando as pessoas estavam vindo recolher suas cédulas de identidade. A grande explosão ecoou pela cidade, quebrando janelas a quilômetros de distância do local de ataque e danificando vários veículos próximos. A polícia bloqueou todas as estradas que levam para o local da explosão, com apenas ambulâncias permitidas.

Estações de TV locais fizeram transmissão de imagens ao vivo, nas quais aparecem centenas de pessoas reunidas nas proximidades em busca de informações sobre entes queridos.

Segundo o porta-voz do Ministério do Interior, Najib Danish, o homem-bomba chegou a pé e acionou sua carga no meio da multidão.

Com informações da AFP e do Estadão Conteúdo

Você pode gostar