Taj Mahal: mausoléu está entre os 95 locais turísticos do projeto - AFP PHOTO / Ludovic MARIN
Taj Mahal: mausoléu está entre os 95 locais turísticos do projetoAFP PHOTO / Ludovic MARIN
Por

Nova Deli- O governo da Índia foi acusado ontem por defensores do patrimônio nacional do país de tentar privatizar relíquias histórias como o Taj Mahal. As manifestações surgiram após o governo lançar um controverso projeto para permitir que companhias "adotem" dezenas de monumentos.

A acusação foi lançada para o gabinete do primeiro-ministro indiano, Nerendra Modi, que estaria "alugando" monumentos através do programa 'Adote um Patrimônio'. Por intermédio do projeto, 95 locais históricos do país poderão passar a ser geridos por empresas privadas.

PATRIMÔNIO MUNDIAL

O ministério do Turismo da Índia anunciou anteontem um contrato de cinco anos - por 250 milhões de rupias (US$ 3,7 milhões) - com o conglomerado Damia Bharat pelo icônico Forte Vermelho de Délhi construído no século 17, e outro forte no estado de Andhra Pradesh, entre outros locais. O Forte Vermelho é considerado Patrimônio Mundial da Unesco.

Dalmia Bharat, pelo que está indicado no projeto, poderá instalar publicidades nos locais, fixar preços de entradas e ganhar dinheiro com suas vendas sob a supervisão do governo. Críticos veem nisso uma forma de privatização e sugerem que que, em vez disso, haja um aumento nos fundos para a conservação dos locais. A Índia abriga cerca de 3.700 monumentos históricos, 31 deles incluídos na lista de Patrimônio Mundial da Unesco. "Por que teríamos que alugá-los? Hoje é um dia triste e sombrio em nossa história", tuitou Mamata Banerjee, ministro principal do estado de Bengala Ocidental.

Você pode gostar
Comentários