Jerusalém - Militares de Israel bombardearam "dezenas" de alvos iranianos na Síria nesta quinta-feira, em resposta a um ataque iraniano com foguetes contra soldados israelenses posicionados nas Colinas de Golã, no mais grave confronto já ocorrido entre israelenses e iranianos.
Os ataques de Israel mataram 23 combatentes, incluindo cinco soldados sírios, de acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede em Londres.
Segundo Israel, os alvos incluíram estoques de armas, locais de logística e centros de inteligência utilizados por forças iranianas na Síria. Israel também informou ter destruído vários sistemas de defesa aérea da Síria.
A ofensiva israelense foi a mais intensa na vizinha Síria desde o início da guerra civil local, em 2011.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, alegou que o Irã cruzou "uma linha vermelha" ao disparar mísseis contra as suas forças.
"Nossa reação foi consequência disso", explicou em um vídeo nas redes sociais.
O porta-voz militar israelense disse que o país ''não quer uma escalada". Ao mesmo tempo, o coronel Jonathan Conricus advertiu que qualquer ataque iraniano contra Israel receberá uma resposta forte.
O governo dos Estados Unidos expressou apoio ao "direito de defesa de Israel" e condenou o Irã pelos ataques com mísseis contra posições israelenses nas Colinas de Golã.
"Os Estados Unidos condenam os provocativos ataques com mísseis do regime iraniano a partir da Síria contra cidadãos israelenses, apoiam fortemente o direito de Israel de atuar em defesa própria", afirmou a Casa Branca em um comunicado.
"A implantação iraniana de sistemas de mísseis e foguetes ofensivos na Síria contra Israel é um desenvolvimento inaceitável e muito perigoso para todo o Oriente Médio", acrescentou.
Já a Rússia alega que a operação israelense envolveu 70 mísseis, sendo que mais de metade deles foram derrubados.
*Com informações da AFP